NEURÔNIOS OBEDECEM À PALAVRA


ARQUITETURA - O desenho das palavras

 NEURÔNIOS OBEDECEM À PALAVRA

No início era a Palavra... e a palavra se fez vida... e criou morada em nós. A palavra é geradora. Ela faz acontecer, cria, move, motiva, derruba e ergue, mata ou dá vida. A palavra carrega em si o pensamento, é sempre grávida de realidade... As religiões falam em Palavra de Deus, Palavra Divina, como se Deus também utilizasse está forma para se comunicar... E Deus é energia pura... a palavra é instrumento nosso. É possivelmente a maior das invenções humanas, e está presente a todas as demais invenções.

Para o subconsciente, a palavra é lei. E a palavra repetida abre sulcos na mente. Ela é a expressão do pensamento. E pensamento é energia em vibração. Expressa e cria realidade. O pensamento passa de mente a mente pela palavra, ou por telepatia, de cérebro a cérebro. Mas o mais comum no quotidiano é o uso da palavra, escrita, falada, ouvida, lida, é por ela que passa o pensamento. A palavra é a estrada nobre que o pensamento criou e pavimentou.

Sabemos que o subconsciente aceita sem questionar as palavras que recebe. Pesquisas científicas recentes observaram que até o formato do cérebro reage e se molda ao impacto da palavra: ele se contrai ou distende conforme a palavra captada. Ocorre portanto a nível cerebral uma verdadeira tempestade elétrica e química sempre que os estímulos energéticos da palavra são captados pelos sentidos. Ocorre imediata decodificação e armazenagem da informação que é confrontada com as já existentes. É algo fantástico, cuja compreensão nos é facilitada ao confrontarmos com o funcionamento dos microcomputadores. Se é legítima nossa admiração perante os avanços incríveis destas obras primas da engenharia humana, temos aí um parâmetro para imaginar a capacidade cerebral. Só nos resta buscar entendê-la cada vez mais e fazer dela bom uso.

Fazer bom uso da capacidade cerebral significa sobretudo o bom uso da palavra. A palavra é grávida de realidade. É criadora, geradora, carrega em si o germe da vida, a força da criação. Como lembramos, ela expressa e cria realidade, constrói e destrói, mata e faz nascer, derruba e ergue, adoece e cura, arranca lágrimas e arranca sorrisos. Utilize-a com toda a consciência de sua força. Ao proferir uma palavra você está se identificando, vibrando junto com ela, com ressonância direta em seu corpo e sobre quem sua palavra se dirige. E tudo o que você diz, ressoa em primeiro lugar em você, mesmo que se refira aos outros.

Imagine uma criança que ouve uma palavra doce e estimulante. Imagine também uma criança que ouve uma palavra dura e humilhante. Recebe muito mais do que uma palavra.
Recebe toda a energia que despejamos sobre ela.
Se desejar, experimente agora o efeito da palavra sobre o corpo. Faça uma respiração completa, com calma, inspirando e expirando devagar, depois retendo a respiração e oxigenando bem todo o corpo, inclusive o cérebro. Veja como sente alívio imediato, físico e mental. Agora pare a leitura feche os olhos, diga mentalmente seu nome e acrescente: “ eu amo você!”.
Repita o exercício e diga: “ parabéns, você é uma pessoa maravilhosa!”. Experimente.

Faça sempre bom uso da palavra. Jamais gaste palavras para falar mal de alguém. Ao falar mal, você se identifica, se revela, diz quem você é. Para ajudar, suponha que tudo o que está dizendo de mal do outro, é de si que está falando. Por que é tão importante para você que os outros pensem mal de alguém? O que esse alguém significa para você?

Se o alvo de suas críticas são os pais, é o fruto falando mal da árvore. Se são os filhos, é a árvore falando mal dos próprios frutos. Se é do cônjuge, quem o escolheu? Se é de um colega, vizinho, chefe, funcionário, o que você está ganhando com isso? Está impondo aos outros o seu ponto de vista – negativo – sobre alguém. Se quer com isso afirmar que é melhor do que alguém... é porque se sente menos do que esse alguém.

Tome por princípio a regra de ouro: dos outros, ou falar bem, ou calar. E se alguém falar mal de você, não dê importância. Por que é tão importante para você que esse alguém o aprove? Tanto quem fala mal quando quem dá importância, cometem erro semelhante. Ao não dar importância, você esvazia a crítica. Se a crítica procede, tem fundamento, então a pessoa vai comunicar ao interessado. Se ela não comunica, é porque ela está interessada em seu erro... pretendendo talvez projetar-se sobre o semelhante.

Não ligue. E não revide, claro. Não tome conhecimento. Faça bom uso da palavra: dos outros, ou fale bem, ou cale. Quem fala mal, está falando não do que o outro é, e sim do que você pensa a respeito dele. O pensamento portanto é seu. E é este que vale para a sua mente. E lembre que as pessoas são inteligentes para perceber que quem desfaz os outros, um dia pode desfazer o ouvinte.

Comece a observar mais a linguagem das pessoas ao seu redor, e a sua própria. Poderá ter surpresas ao perceber quantas expressões negativas, quantas queixas e acusações, lamentações, mesmo em forma de brincadeira, fazem parte do quotidiano. Lamentações sobre o tempo, a temperatura, o cansaço, doenças, salário, falta de dinheiro, contas a pagar, problemas familiares, objetivos não alcançados, governo... enfim, uma série de problemas afirmados constantemente, é melhor enfrentá-los com objetividade e vontade e resolvê-los ao invés de afirmá-los.

E tudo o que afirmamos, atraímos. Não estamos sugerindo que as dificuldades sejam ignoradas ou negadas, e sim que a postura de lamentação não só não resolve como cria um problema a mais.

A repetição cria sulcos na mente. Para o subconsciente, tudo o que você afirma, vale, é verdadeiro, e se não for, torna-se verdadeiro a partir da afirmação. Vamos a alguns princípios e práticas simples de reprogramação mental e programação neurolinguística. Sugere-se:

1-) Afirme com decisão o que deseja ter e ser. Não se preocupe com a veracidade da afirmação: afirme como quem já alcançou. O subconsciente aceita sem questionar. Afirme no presente do indicativo, de forma objetiva, como por exemplo: Eu sou... Eu consigo... Eu posso... Eu faço... Eu realizo... Eu tenho... Eu vou...


2-) Evite as expressões obrigatórias como “ tenho que”. Toda vez que alguém der a você uma ordem dizendo, “ você tem que fazer isto”,  sua reação natural será de sentir-se invadido na sua liberdade. Seu subconsciente reage da mesma forma quando somos autoritários com ele na linguagem. Qual a linguagem utilizada nos microcomputadores? É sempre a linguagem objetiva: copie, delete, procure, vá, retorne... Na prática nós fazemos a distinção de linguagem. Para tarefas agradáveis utilizamos a linguagem correta: vou ao cinema, vou ao teatro, vou à praia, vou tomar um sorvete, vou passear, vou namorar, vou às compras... e para tarefas consideradas cansativas utilizamos a linguagem “  tenho que”.

Por exemplo: tenho que trabalhar, tenho que estudar, tenho que pagar uma conta, tenho que dar um jeito nisto, tenho que emagrecer... A expressão “ tenho que” é um frei mental. Logo o subconsciente vai dar um jeito de tirar da obrigação, sugerindo algo mais interessante, provocando uma indisposição, uma dor de cabeça, um atraso... e assim vai.  Volte ao item 1, e diga sempre: eu vou, eu posso, eu faço, eu consigo...

3-) Nada de negativo, nem por brincadeira. Sabe-se que o subconsciente não tem espírito          de humor: leva tudo ao pé da letra. Se você ao cometer um erro, disser jocosamente “ Sou mesmo um idiota”, é isto que ele registra em sua imagem. Se ao invés disser “ Sou um gênio”, ironicamente, é o que ele registra. A afirmação pseudo-otimista “ se melhorar, estraga”, além de ilógica  é  limitante. Substitua  por “ cada dia melhor”,  por exemplo. A expressão “ não esqueça”,  substitua por “ lembre”. “ Dinheiro não dá para nada”, substitua por  “ faço milagres com o meu  dinheiro”...  Lembre que as pessoas se magoam quando você faz alguma brincadeira negativa sobre elas. Se gosta de brincar com as pessoas, faça brincadeiras positivas, invente elogios, explore uma qualidade, eleve, anime, não use palavras indiretas pois elas suscitam melindres e se prestam a interpretações ofensivas. Esbanje otimismo, generosidade, grandeza, bondade, magnanimidade, nobreza de espírito.

4-) Afirme a solução, não o problema. Diga o que quer, não o que não quer. Se afirmamos “ não quero doenças”, “ não quero conflitos”, “ não quero discussão”, “ não quero ouvir Barulho”, “ não faça mais xixi na cama”, “ não me aborreça”, “ não me irrite, tudo isto desnorteia o subconsciente, ou pior, grava o problema e não a solução. Faça um teste, diga agora para si mesmo: “ não quero pensar numa árvore”. O que você pensou? Numa árvore, claro! É um erro comum na educação das crianças, passamos o dia dizendo o que não queremos que elas façam: “ não mexa”, não corra”, “ não grite”, “ não chore”, “ não risque”, quando a saída é sugerir alternativas do que pode ser feito, dar opções positivas. Quando às doenças, não é preciso esperar a cura para afirmar “ tenho saúde perfeita”. Afirme o que quer, e repita até que seu subconsciente se convença que de fato é o que você quer e decidiu  alcançar. A afirmação positiva é como tomar o remédio, o antídoto: tomamos o remédio quando estamos doentes, para obter a cura. Ao afirmar, você convence o subconsciente que seu interesse está na saúde, não na doença. Se anda irritadiço, afirme “ Sou calmo”, “ tenho calma”, “ estou calmo”. E respire a calma e tranquilidade.

5-) Vigie amavelmente seu vocabulário. Habitue-se à linguagem positiva. Substitua velhos hábitos. Sempre existe uma palavra positiva para o que se deseja expressar. E não pense que contar problemas aos outros traz solução. As pesquisas mostram que a maioria das pessoas não tem o menor interesse nos problemas dos outros. Algumas até vão se sentir consoladas ao saberem que você também tem problemas. Comece resolvendo-os em sua mente, e expressando em palavras a solução. Lembre que o  subconsciente  leva  tudo ao  pé da letra. Quando você esconde algo e diz  “ aqui ninguém vai encontrar”, esse “ ninguém” inclui você. Diga, então, “ aqui só eu sei onde está”. Segue uma lista de exemplos e sugestões de formas corretas e incorretas de afirmação. Veja:


FORMAS INCORRETAS                      FORMAS CORRETAS


Não quero doenças                         Tenho saúde perfeita
Tenho que perder peso.                 Eu me amo e peso... Kg         
Não consigo deixar de fumar        O ar puro me dá saúde
Não sou perfeito                              Posso melhorar
Dinheiro não dá para nada            Meu dinheiro faz milagres
Um dia vou ser feliz                         Sou feliz
Gostaria de ser                                 Sou
Gostaria de ter                                 Tenho
Já posso morrer em paz                 Já mereço viver em paz
Tenho que fazer                               Faço
Não esqueça                                      Lembre
Tenho que melhorar                        Estou cada dia melhor


FONTE: LIVRO VIDA EM HARMONIA
UM TOQUE DE AUTO-ESTIMA
IVO FACHINI
EDITORA EKO

Deixe sua opinião

Obrigado por comentar!
Tenha um dia abençoado e que as bênçãos de Deus sejam sempre frequentes em sua vida! Amém.

 
© Copyright - Mariely Abreu - Design e Codificação - Todos os direitos reservados Voltar ao Topo!