Espiritualidade na internet



Espiritualidade na internet

Hoje na internet a gente encontra de tudo um pouco, sem sombra de dúvidas a internet facilitou muito a nossa vida, mas às vezes eu fico pensando: Como podemos exercer a nossa espiritualidade na internet?

Alguns vão dizer simples: “Seja educado, não deseje o mal, faça o bem ao próximo – mesmo que virtualmente”. Mas ser educado, não desejar o mal e fazer o bem ao próximo deveria ser a nossa obrigação, ou seja, dever independente de questões relacionada a fé e a espiritualidade. Penso que, quando nos declaramos pessoas espiritualistas ou que “estudam a espiritualidade”, de certa forma cria-se uma pressão maior afinal já dizia vovó: “Quem sabe mais será mais cobrado”.

Nunca achei diferencial quando dizem: “Ah mas você estuda sobre espiritualidade/ Você é uma espiritualista”, nunca me considerei espiritualista pois estou bem longe de ser uma, afinal sou uma pessoa comum, que está com o pé no mundo adulto e a cabeça parada na adolescência. E o que mais vemos no meio da internet são os rótulos e lógico a cartilha do bom espiritualista.

Eu discordo quando dizem: “Espiritualidade também é ciência”, se eu estiver na faculdade ou se eu escrever um artigo científico sobre espiritualidade com toda certeza irei encarar como ciência, pois a forma como falamos/escrevemos muda bastante. Ninguém conta sua infância no artigo científico, mas quando estamos falando sobre espiritualidade de uma forma sem compromisso, livre e em tom mais intimista talvez aí sim a espiritualidade tornasse mais prática do que teoria.

Ainda defendo que espiritualidade não se mede pela quantidade de livros que você leu sobre essa temática, ou pelas palestras e encontros que você foi ou como você foi apresentado a espiritualidade ao longo de sua vida, pois ela é algo tão universal, tão amplo mas tão simples ao mesmo tempo. Espiritualidade seria uma interação nossa, com o nosso semelhante, com o contexto social que vivemos e com Deus. Sim, tudo junto, misturado e ao mesmo tempo.

Espiritualidade não se prende a filosofias ou dogmas, pois espiritualidade pertence a todos nós. Você vai se deparar com um filósofo espiritualista, um padre, pastor, monge ou médium que todos eles serão espiritualistas. Espiritualidade seria o modo como lidamos com a nossa fé e como a praticamos, pois quando cremos em Deus, se chama fé mas quando colocamos a fé em prática seria um dos modos da espiritualidade. E isso, a gente encontra em qualquer esquina seja do mundo real ou virtual.

Ser educado, honesto, ter bons princípios, ter bom caráter e o principal - boas ações, não deveria ser apenas espiritualidade, mas obrigação de todos nós, ditos “seres racionais”. Mas como lidamos com todos esses fatores, essa interação constituirá os mais diversos modos de espiritualidade.

Espiritualistas todos nós somos, mas não vamos encarar a espiritualidade apenas quanto ciência... Vamos encarar como prática, mas sem frustrações, por favor, afinal errar é humano e comum, e ninguém é santo - porém precisamos ter a humildade de saber ouvir o nosso erro e nos comprometer a refletir sobre tal erro, para dessa forma nos modificarmos.

Jéssica Cavalcante


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