Ser mal não cansa?



Ser mal não cansa?

No mundo tem muitas pessoas más e tem algumas que vão ao extremo. Ser mal não é sair na rua atirando nas pessoas, ou colocar uma bomba no meio do metrô, ou explodir um avião com centenas de passageiros dentro - isso se chama terrorismo que muitas vezes vem com um fundo de fanatismo. Se todo malvado se restringisse apenas a explodir aviões, o mundo seria bem melhor do que é hoje, porque não existiria o menor abandonado, o estupro, a pedofilia, a violência doméstica, o descaso, pais que abandonam seus filhos, pessoas que passam fome... Enfim, certamente as pessoas não morreriam de subnutrição.

O malvado está em todos os lugares, desde o amigo aparentemente bonzinho que na primeira oportunidade te apunha-la pelas costas. No marido que mente, dizendo que está numa reunião e você acredita, enquanto ele lhe troca pelo bairro todo. No pai que não enxerga o próprio filho – valoriza pessoas de fora enquanto o seu filho fica invisível. Na mãe que explora a filha. No professor que canta a aluna. No chefe que explora o funcionário. No político que rouba a nação. No juiz que não cumpre o seu papel e inocenta o maior corrupto de todos. No presidente que ilude a massa. Na mídia que oprime, humilha e até manipula. O conhecimento que temos direito mas nos é negado... O mal não se esconde apenas por trás de terrorismo mas ele está em toda a parte. No padre que aceita verba para perdoar o pecador – onde, convenhamos o perdão é gratuito. No pastor que ensina o Evangelho de amor de Cristo mas nega a pensão do filho. Nos que falam no nome de Deus mas agem como verdadeiros monstros. No que diz crer em Deus mas não aprendeu o mandamento básico: AMAI O SEU PRÓXIMO COMO A SI MESMO, vulgo, NÃO FAÇA PARA OS OUTROS O QUE VOCÊ NÃO QUER QUE FAÇAM PARA VOCÊ.

E as vezes eu pergunto a mim mesma, quando vejo pessoas agindo de forma maldosa: “Ser mal não cansa? Não dói o coração?”. Porque, por pior que seja a pessoa e por maior que seja a maldade dessa pessoa, tem um coração que bate nesse corpo. Será que a consciência não fica apertada? Ou melhor, será que tem consciência? Não em questão anatomicamente, pois todos tem sua consciência, a mente - afinal se tem cérebro automaticamente tem tudo isso, mas a consciência que julga nossas ações, que nos critica quando erramos, que nos cobra de nós mesmo... Será que esqueceram de fabricar?

O ser humano está cada dia mais preocupado com a inteligência e cada dia mais - se esquece de si mesmo. Esquece de sua própria essência. Esquece de qual é o principal objetivo da vida e esquece que o corpo humano não é uma máquina com brocas e parafusos, invés de ferro, somos feitos de células, tecidos e órgãos – tudo isso tão flexível anatomicamente e ainda assim, nos comportamos como se o nosso coração fosse uma rocha bruta. Gente, amar não dói e nem arranca pedaço!

O que as pessoas ganham em ver outras pessoas passando fome, sendo exploradas, renegadas e tratadas como se fossem seres invisíveis? O que ganhamos ao traumatizar outras pessoas? A vida não é como vídeo game que ganhamos pontos ao agir de determinada forma, a gente não ganha nada, porque a vida passa e tudo que se ganha hoje, se perderá amanhã!

Eu realmente não consigo entender o prazer que alguns sentem em entristecer, humilhar e ultrajar o outros. Não entendo como dentro de uma família existem pessoas que podem fazer tão mal quanto pessoas estranhas. Não entendo como um ser humano consegue explorar uma criança e tirar a inocência dela. Não entendo como um homem que se casa por amor, só porque a mulher não correspondeu as expectativas – eis que nasce o crime de uxoricídio. Aquela velha música: “O anel que era de vidro, caiu e se quebrou”. O que estamos fazendo com o amor? Tornando o amor em anéis de vidro, que a primeira vez que cai no chão, se quebra? As pessoas não são como copos descartáveis que a gente não quer mais e joga no lixo, não são como os arquivos de nosso computador, que quando enjoamos, excluímos e tudo volta a ser como se nada tivesse acontecido. As pessoas marcam nossas vidas, elas ate podem ir em bora mas lembranças ficam e isso a gente não apaga nunca. Vamos causar boas lembranças nas pessoas, chega de causar dores e traumas.

Eu sinceramente não entendo como as pessoas sentem orgulho de morar no país X, que é país da empresa X,Y, Z... Deveríamos sentir orgulho de morar no planeta sem menos agressão e exploração do homem sobre o homem. A gente não pode sentir orgulho do diploma que conquistamos, nos carros que compramos, das viagens que fizemos, do dinheiro que ganhamos, porque tudo isso passa e se acaba.

Se você perder sua memória - parte significativa de seu conhecimento vai junto com ela, o carro, o dinheiro se acaba, as viagens passam... Assim como um dia nossa vida irá se acabar e passar. O que estamos fazendo com a nossa vida? Já parou e se perguntou: “O que eu tenho feito comigo mesmo?”. O mundo é muito mais do que pessoas andando de um lado para o outro, o mundo é feito por nós, se o mundo tem horas que parece um hospício clandestino é porque nós o fizemos assim. Acho que já está passando da hora de mudarmos!


Jéssica Cavalcante

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