LEMBRANÇAS DE DEUS


LEMBRANÇAS DE DEUS

Lembrai-vos, pois de Deus, para que ele se lembre incessantemente de vós; lembrando-se de vós, ele vos salvará e vós recebereis todos os seus bens. Não o esqueçais em vãs distrações, se não quiserdes que ele vos esqueça na hora de vossas tentações.
Na prosperidade, permanecei a seu lado, na obediência: tereis assim firmeza de palavra diante dele quando estiverdes no infortúnio, pelo fato de vossa oração vos manter, sem cessar, junto dele em vosso coração. Conservai-vos continuamente diante de sua face, pensando nele, lembrando-vos dele em vosso coração; senão, vendo-o apenas de quando em quando, correis o risco de não vos sentirdes seguros com ele, em consequência de vossa timidez. A relação contínua, ao contrário, consegue um ato grau de segurança. A relação contínua, nos homens, é exercida pela presença corporal; a relação contínua com Deus é uma meditação da alma e uma oferenda na oração.
Quando a força do vinho penetra nas veias, o intelecto esquece os detalhes e a distinção das coisas; quando a lembrança de Deus se apossa da alma, a lembrança das coisas visíveis desaparece do coração.
O coração de quem examina a própria alma a todo instante goza das revelações. Quem recolhe a contemplação no interior de si mesmo, contempla o brilho do Espírito; quem desprezou a dissipação, contempla o seu Senhor dentro do próprio coração. Quem quer ver o Senhor, aplica-se em purificação o coração, por uma lembrança ininterrupta de Deus. Desse modo, verá o Senhor a todo momento, no brilho de seu intelecto. Como peixe fora d’água, procede o intelecto que sai da lembrança de Deus e se deixa levar pela lembrança do mundo. ( P.G.t. 86, c. 885c).


FONTE: LIVRO PEQUENA FILOCALIA 
O LIVRO CLÁSSICO DA IGREJA ORIENTAL

EDITORA: PAULUS

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