A VIDA DE MESTRE BUDA




A VIDA DE MESTRE BUDA

Mensagem recebida em 8 de dezembro de 1999.

“ Um dia, as roupas de um Rei, de um Soberano, foram puídas. Gastas pelo tempo, consumidas pelos caminhos tortuosos que ele escolheu para descobrir a sua divindade.

Um dia, os seus cabelos cresceram de maneira disforme, e a sua pele, antes alva, translúcida, fina como a de um bebê, se transformou numa crosta de sujeiras e bichos que por ele passavam, como se ele fizesse parte de uma paisagem destituída de beleza.
Um dia, a esperança que habitava no coração deste soberano se transformou em espinhos, que machucavam o seu coração.

Um dia, este soberano acreditou mais na dor do que na sua própria Luz. Tentando entender a miséria, ele se mistura profundamente a ela. Tentando entender o sofrimento, abusou e enfrentou-o na sua carne. Tentando entender a decadência e a velhice, ele permitiu que a sua natureza fosse maculada pelas vicissitudes e a dualidade da vida.

Um dia, este soberano não confundia mais a sua presença humana com a sua presença crística.
Um dia, o sol não nascia mais para ele como nascia, alaranjado e belo em todas as manhãs, revivendo as esperanças e contando histórias para o homem viver.

Um dia, este soberano não mais apreciou a beleza da noite e os aromas das flores que convidam o homem a amar, porque acreditou que a sua chama divina, o seu alento estava aprisionado por aquilo que ele entendeu como dor.
Então, este soberano acreditou mais no sofrimento do que na sua luz.
Ele se misturou à terra, querendo encontrar nela o sossego para os pensamentos desconexos que fervilhavam em sua mente.

Este soberano foi meio homem, meio terra, meio verme, meio esquecido. E, quando, no fundo da sua solidão, porque toda solidão tem fundo, este Homem, que já não se alimentava das comidas que fortalecem o corpo, nem das esperanças que animam a alma, foi tocado pela Luz.

Viu que não havia verdade no sofrimento, assim como não existia verdade nos grandes atributos que ele havia recebido durante a sua encarnação como rei.
Um dia, este soberano viu que não bastava ser rei dos homens e nem mendigo de Deus; nem ser mendigo dos homens e soberano na vontade de Deus.

Quanto ele compreendeu os opostos, entendeu que tinha de ser apenas homem.
Um dia, este soberano compreendeu que deveria despir a sua alma, despojando-a do orgulho, libertando-a das nódoas das perfeições, que ele acreditava necessárias em sua vida.
Mas percebeu que não bastava se despir de suas vestes se a sua Alma estivesse encapuzada. E assim, ele começou a trilhar o caminho de volta.
E como este pêndulo tinha oscilado tanto pelos caminhos da dor, difícil foi compreender os caminhos do amor.

Como este pêndulo tinha oscilado tanto pelos caminhos do egoísmo, quando ele quis ditar as regras do próprio Deus, difícil foi o caminho do retorno, o caminho do equilíbrio, o caminho do estar bem consigo.
Este soberano, neste momento, tornou-se Deus. Iluminou-se.
Buda, ele foi chamado.

Seu nome foi consagrado como criador de uma grande religião.
Seu mantra pregado em todas as casas, em todos os corações e em todos os credos.
Isso foi o que esse Sidarta fez de si mesmo, para tornar-se Gautama – O Iluminado.
‘ Não é preciso’, diz o Mestre, ‘ alcançar estágios tão profundos de sofrimento para entender que não existe verdade em sofrer’.

Diz o Monarca: ‘ Não é preciso flagelar o corpo e impedir a vida de se manifestar em vocês, como alegria, para justificar a sua espiritualidade’.
O verdadeiro homem, que serve ao espírito, é profundamente alegre, feliz, porque tem, dentro de si, o contentamento.
Porque tem dentro de si a ciência de contentar-se e a consciência de que, por mais escura que seja a noite, sempre haverá o dia.

E diz o monarca: ‘ Saber levar-se. Saber aceitar-se. Saber contentar-se’.
E diz o monarca: ‘ Sabedoria é o Sol, é o amarelo, é a Luz, porque o homem deve aprender a ser o seu rei. Deve aprender o quanto controlar, libertar e equilibrar as suas vontades’.
E esse soberano, humildemente, serve à Fraternidade Branca com o objetivo de ensinar você, que se considera filho da Terra, a ser luz, a aceitar a sua semente crística  e conscientizar-se de que é filho de Deus.

Sidarta Gautama, o Cristo da Iluminação, o Buda da Compaixão, sejam quais forem os nomes que vocês invocarem, saibam que a Chama Amarela está a serviço da sua luz, do seu crescimento interno, do crescimento da sua esperança e do seu contentamento.
Amem, meus filhos, a si mesmos. E compreendam o quanto são amados e esperados por Deus”.


FONTE: LIVRO OS SETE MESTRES
MARIA SILVIA P. ORLOVAS
EDITORA: MADRAS

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