PAZ ILUSÓRIA





PAZ ILUSÓRIA

Esse é um veneno insidioso encontrado entre os “ contidos”, que, frequentemente, são também pessoas de fala excessivamente dócil. Essas pessoas são do tipo que deseja a paz custe o que custar e que, invariavelmente, pagam um preço muito alto para obtê-la. Esse preço é, frequentemente, a perda da personalidade ou a destruição do ego. Elas simplesmente se transformam em espelhos fragmentados- que refletem o que elas pensam que todas as outras pessoas esperam delas. Durante o processo elas perdem sua personalidade – ou seja, seus sentimentos e identidades reais. Elas nunca apresentam raiva. Pois isso poderia perturbar a “ paz”. Mas estão carregadas de deslocamentos, e o principal veneno que elas transformam é a falsa paz. Digo falsa porque não é em absoluto uma paz real. Ela é quase sempre um arremedo de palavras dóceis que encobrem tensões entre a família, raiva e equívocos imensos. Se as pessoas estão em silêncio nesse tipo de lar, é simplesmente pelo fato de terem medo de que, se falarem, a verdade vai aparecer e será de fato uma verdade cheia de raiva e turbulência.

As vítimas desse veneno em particular investem uma enorme quantidade de energia para manter a paz e nela acreditar. Obviamente a paz verdadeira jamais poderá existir a menos que as desavenças sejam realmente sanadas – o que é uma coisa que essas pessoas temem. De fato, elas vão negar essa necessidade, uma vez que ninguém nesse lar jamais sente raiva ou qualquer coisa que perturbe a tranquilidade. Se alguém fica com raiva, os outros normalmente racionalizam esse sentimento com frases como: “ Ah, ele não está  com raiva, só um pouco entusiasmado, essa é que é a verdade.” Nenhuma quantidade de sacarina e solicitude pode enganar pessoas que vivam com base na realidade. Essas últimas normalmente são as crianças da casa, que sentem que estão vivendo com bombas-relógio emocionais. Isso faz com que as crianças se sintam extremamente inseguras, tensas, confusas e ansiosas. Os pais quase nunca conseguem compreender essas manifestações visto que seus filhos receberam esse “ lar pacífico – jamais um grito ou uma palavra mais áspera”.


FONTE: O LIVRO DA RAIVA
DR. THEODORE I. RUBIN
EDITORA: CULTRIX

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