JESUS NO OUTRO




JESUS NO OUTRO

Quantas vezes você será interrompido em sua oração.
Para Charles De Faucauld era o  pior momento...
Não vá, porém, querer fazer silêncio na hora que deve oferecer-se à esposa, aos filhos.
Mesmo assim, vez ou outra será interrompido.
Acontece comigo e acontecerá com você mais dia menos dia. Quando isso se der, faça o seguinte: não bronqueie, não mande desaparecer, sumir da frente.
Converse com a pessoa... É difícil? Se é... Eu que o diga.
Converse como se nada tivesse sido interrompido, transforme  sua conversa numa continuidade da oração. Mas não se deixe levar para assuntos fúteis, porque aí não haverá sequência. Pensando no Jesus que deve estar no meio, leve o diálogo para algo construtivo, espiritual. Quando você menos esperar, estará conversando com o Jesus que está no outro.
Se atentássemos para este detalhe – o Jesus que existe no outro – tenho certeza que transformaríamos muitos dos nossos contatos em continuidade de uma oração. Pela conversa iríamos tirando as amarras do Cristo que está no próximo. Muitos irmãos O têm hibernando em berço esplêndido; com jeito O acordamos, O acordamos, O levantamos...

“ Senhor Jesus Cristo, Tende piedade de mim!”

BABEL E TABOR

O grande desafio para aquele que quer viver a experiência da “ Oração de Jesus” consiste em transformar a Torre de Babel em Monte TABOR.
Vivemos num Borborinho de gente, de veículo, de pensamentos, numa Babel ambulante, que nos persegue aonde formos. Por isso é que precisamos estar preparados para a guerra santa do silêncio; precisamos de expulsar os vendilhões do tempo... do nosso templo pisado pela paixão do outro. Somos um templo por vezes aturdido pela bebida, pelos planos desleais, pela idéia fixa do sexo... O grande desafio é o mergulho no ermo: transformar o inferno de cimento e asfalto em um refúgio de experiência mística. Superar a dispersão. Sempre que o pensamento sair dos trilhões, retê-lo, trazê-lo para o objetivo central, segurá-lo mais e mais, domá-lo, domesticá-lo. Mostrar que quem manda somos nós, que é comandado pela nossa origem divina – o sopro de Deus. Esta é a briga mais demorada.
É natural para quem não respira bem, para quem não recebe boa oxigenação, que no exercício de inspirar e expirar surjam bocejos. Isso não deve fazer ninguém desanimar. Após um dia cansativo, o peso o sono é maior. É preciso somente maior concentração, boa respiração. Após a oração, até o dormir será extraordinariamente tranquilo e repousante.
Além da dispersão, temos o racionalismo, o intelectualismo que vibrarão fortes chibatadas em nossos propósitos exigindo lógica, imediatismo, quase a materialização, porque não será o que você sabe que o levará a Deus, mas o que você vive.
Nenhuma enciclopédia servirá sequer de escada para juntar-se a Deus: somente a entrega, o postar-se diante DELE com serenidade. Experimente a beleza de esvaziar-se de si e encher-se DELE. Inspirando, expirando.

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Tenha um dia abençoado e que as bênçãos de Deus sejam sempre frequentes em sua vida! Amém.

 
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