APRENDER A PERDOAR




APRENDER A PERDOAR

Nem sempre é fácil dar o perdão a quem nos magoa ou trai. Mas só assim conseguimos paz de espírito e nos livramos das emoções negativas que envenenam o coração.
Um monge beneditino ensina a fazer isso.

Se existe alguém que causou a você algum mal, tente perdoá-lo, até para seu próprio bem. –“perdoar resgata nossa dignidade e nos faz crescer, pois passamos a conhecer melhor a nós mesmos e aos outros”, afirma dom Laurence Freeman, monge beneditino e diretor da Comunidade Mundial para a Prática de Meditação Cristã, sediada em Londres, que viaja por todo o mundo fazendo palestras sobre temas como oração, silêncio, atenção e amor.
Para Freeman, exercitar o perdão nos faz sair da condição de vítimas ( dos outros ou das circunstâncias): “ O  que acontece com as pessoas que se sentem vítimas é que elas se tornam perseguidores em potencial, e assim perpetuam a violência. Perdoando, abandonamos essa condição e esse sofrimento”.
O monge é autor dos livros O Dalai-Lama Fala de Jesus ( ed,Fisus), que revela o olhar do principal líder budista sobre a ação de Cristo, Prática Diária da Meditação Cristã e Luz que Vem de Dentro ( ed. Paulus), em que frisa a importância da meditação como caminho para acalmar as emoções e atingir o estado de paz necessário para perdoar.
Acompanhe a visão de Freeman sobre o perdão e aprenda os passos básicos da meditação cristã, ensinada em igrejas e grupos de oração católicos.

Observar a situação pelo ângulo do outro

“ É o estágio em que exercemos a compaixão, tentando entender os motivos que levaram a pessoa a nos atacar. Não é preciso perguntar nada a ela diretamente. Mas vamos tentar nos colocar no mesmo estado de espírito que fez o outro agir dessa forma. Mesmo que não surja nenhuma compreensão relevante, só essa atitude já vai nos levar a outro estado emocional, mais tranquilo.”


Expressar a raiva

“ Na maioria das vezes o perdão não acontece de repente. No primeiro estágio, temos de ser honestos e admitir que podemos estar querendo até destruir o inimigo. É o momento, por exemplo, de colocar toda a raiva numa carta endereçada a quem odiamos que, claro, nunca vamos colocar no correio. Mas ao menos pomos para fora do veneno da raiva, que intoxica nosso sangue, o que nos faz sentir melhor.”

Não - violência, início da transformação

“ A não-violência significa não reagir violentamente quando nos sentimos feridos ou humilhados. Sempre que sofremos uma injustiça, primeiro sentimos o choque, depois a tristeza. Só  daí acontece a segunda etapa, o despertar do ódio, da ira. Nesse espaço diminuto entre a tristeza e a raiva, temos uma oportunidade de transformação. Se escolhemos não passar para o estado de violência, aí começa verdadeiramente o processo do perdão, que será feito em etapas, até chegar ao estágio mais elevado do perdão, o ‘ amai vossos inimigos’, como afirmava Jesus.”

Etapa final:
O  perdão definitivo

“ O tempo e a meditação – que nos leva a olhar para dentro de nós – são nossos grandes aliados na busca do perdão. Quando nos sentimos feridos e magoados, esse é o melhor momento para meditar. Ao descobrimos que quem nos traiu é um ser humano como nós, podemos sentir verdadeira compaixão por essa pessoa.
E um dia, sem mais nem menos, encontramos nosso inimigo e descobrimos que já não o odiamos mais.”


Meditação Cristã



Para dom Laurence Freeman, só podemos praticar o perdão quando nos interiorizamos- o que pode ser conseguido pela prática da meditação. “ Quando meditamos, a mente se acalma e se integra ao coração. Descobrimos nossa verdadeira natureza interior, feita de paz, amor e alegria, e é ela que possibilita o perdão”, explica Freeman.
O monge divulga em todo mundo os princípios da meditação cristã, tal como foi criada  nos mosteiros nos primeiros tempos do cristianismo. “ Práticas contemplativas como a meditação são a base de várias religiões”, explica Freeman.
A meditação cristã proporciona o estado de relaxamento necessário para o nem sempre fácil exercício de perdoar. Pratique-a em lugar tranquilo.

1 – Sente-se em uma cadeira com a coluna alinhada, procurando relaxar.
2 -  Retraia ligeiramente o queixo, o que provocará uma leve inclinação da cabeça para frente.
3-  Deixe os braços e as mãos relaxadas sobre as coxas.
4 – Descontraia o corpo, eliminando pequenas tensões.
5 -  Sinta o silêncio. Mentalmente, repita as sílabas ma-ra-na-ta, que significam  “ vinde, ó Senhor!” em aramaico, a língua falada por Jesus. Essa é uma invocação para que Deus preencha seu coração.
6 -  Procure centrar seu pensamento nas palavras e volte a elas toda vez que estiver distraído. Comece meditando por cinco minutos e chegue até 20 minutos, pelo menos duas vezes por dia, ao levantar e ao dormir.


FONTE: REVISTA BONS FLUIDOS (50)



APLICAÇÃO PARA A VIDA

O texto de 2 corintos 2:10,11 nos ensina que devemos perdoar para impedir que satanás leve vantagem sobre nós. Quando perdoamos os outros, não apenas lhes fazemos um favor, mas a nós mesmos fazemos um favor ainda maior.

O motivo pelo qual prestamos um bem tão grande a nós mesmos é que a falta de perdão nos enche de ressentimento e produz uma raiz de amargura que envenena todo o nosso organismo.

A amargura sempre tem a ver com cativeiro, mas o perdão liberta do cativeiro amargo.


FONTE: BÍBLIA DE ESTUDO JOYCE MEYER
BELLO PUBLICAÇÕES

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