Episódio fatídico da vida
Ontem vocês devem ter visto a notícia que um
navio naufragou, em oceano pertencente a Itália. De fato confesso que fiquei um
pouco impactada primeiramente surge logo a pergunta: “Será que muitas pessoas
morreram?”, o fato é que já constataram erro humano e o responsável pelo erro
simplesmente fugiu, chegando primeiro em “terra firme” do que o resto do
pessoal que estava no navio. Lamentável !
Quando eu era criança assisti muito o filme
Titanic, lembro ate que a primeira vez que eu entrei em um cinema foi no filme
Titanic, meus pais acham que foram comigo outras vezes e dizem que Titanic não
foi a minha estréia ao que chamam de cinema, mas eu em minha curta lembrança só
consigo me lembrar de Titanic, então esse filme é bem especial para mim pois
por meio dele conheci o que é o cinema, por meio dele descobri que nem toda
história tem Final Feliz, que o amor realmente é lindo mas também pode ser
real, que o amor verdadeiro é sem interesses e que não existe isso de “sou
diferente” ou seja para mim foi outra realidade pois quando criança as únicas
histórias que eu conhecia era as que minha mãe ou meu pai liam para mim,
principalmente antes de dormir ate porque qual o pai ou mãe em sã consciência
vai contar um história de drama para seu filho(a) antes de dormir. Nenhum pai pretende frustrar o filho tão
rápido assim e eu era muito criança, acho que se eu tivesse 4 anos era muito.
Então o tempo passou e Titanic perdeu a
graça, hoje não acho Jack tão lindo assim e nem choro no final do filme, pois o
filme foi repetido a exaustão, mesmo a história sendo verdadeira essa trama
acabou ficando cansada, porém eu ainda quero conhecer o Museu onde está alguns “restos”
do que foi um dia o Titanic afinal era um lindo navio.
Hoje no século 21 os nossos navios não tem
mais a pureza do amor de Jack com Rose, nem mesmo “bercialidade” ou seja as pessoas hoje não
possuem “sangue azul”, não precisa ser rico para viajar em um navio e nem muito
menos possuir o mais alto grau de titulação, já que existe vários pacotes
turísticos. O bom é que tornou mais acessível, o ruim que era para ser uma
viajem dos sonhos e não apenas mais uma viajem.
Não pretendo viajar de Navio nunca na minha
vida, nem que me paguem eu irei, pois eu tenho verdadeiro trauma quando o
assunto é profundidade. Quando eu era bebê, cai dos braços de minha babá e
detalhe eu cai na parte funda da piscina, meus pais ficaram louco afinal se
adultos já se afogam imagina um bebê de colo? Então meu pai pulou na piscina e
me salvou, quando me retiraram dentro d’água por um milagre eu estava viva mas
muito assustada, ate que eu cresci e não tem quem me faça entrar em
profundidade, o meu limite é quando a água fica um pouco acima da cintura e
pronto.
Nunca pensei
que depois de adulta iria ver uma simulação real do que foi um dia, o Titanic
outro fato que me chamou muita atenção, na hora que eu vi a notícia me surgiu
uma segunda pergunta, eis aqui ela: “Nossa e as crianças?”. Pois é, as
crianças? Nem queiram saber, tive informações que na hora do naufrágio muitos
pais abandonaram seus filhos e se preocuparam apenas em si salvar...afinal “que
se danem as crianças, o mundo já está cheio de gente!” (isso é ironia, certo?)
Eu quis nem acreditar, justo na hora mais
importante os pais e mães, afinal nesse caso são o ‘conjunto da obra’, então
eles fogem e não se preocupam com os filhos. Tudo bem que eu não tenho moral
nenhuma quando o assunto é maternidade, pois quero demorar muito a ser mãe e no
máximo ter 1 filho. Nunca sonhei com uma casinha de campo, uma família feliz e
3 filhos. Não gosto de casas de campo prefiro uma praia deserta e nada mais.
Porém mesmo assim por pior que alguém seja, eu nunca pensei que pais e mães
tivessem a capacidade de abandonar seus filhos, justo num momento tão crítico.
Eu fico muito revoltada com pais e mães
irresponsáveis, pois filho não é animal
que vai na esquina e adota, era para ter um projeto de lei que fizesse testes
psicológicos com as pessoas para saber se elas estão psicologicamente
preparadas para terem filhos pois depois quem paga, quem sofre são os filhos,
que por sinal nem pediu para nascer.
Eu assisti a um filme chamado Juno, e esse
filme se passa nos Estados Unidos, na terra do tio Sam aborto é legalizado, com
clínica e tudo, porém que não é chegar
na clínica e fazer. Antes as mulheres passam por uma verdadeira triagem
inclusive com psicólogo afinal tem mulheres que não querem abortar e são
obrigadas seja pelo companheiro ou pela família. No filme a adolescente vai
nessa clinica mas ela se arrependi então ela pensa que a melhor solução seria a
adoção. Os pais dela encontram um casal bem estabelecido financeiramente, ate
que essa adolescente entrega o filho para a adoção. Recomendo esse filme, é gênero
Drama mas não é um Dramalhão, pois é muito difícil chorar nesse filme, porém
esse filme é muito bom pois ele levanta questões sociais como a do aborto e a
da adoção.
Eu vejo a adoção como uma solução para
mulheres que querem abortar, ate porque tem um número gigantesco de famílias que
querem filhos mas não podem ter. Então penso que aqui no Brasil deveriam ter campanhas
que valorizassem a adoção e mostrasse que essa é a melhor solução para evitar
que mulheres abortem, também deveriam tornar a adoção menos burocrática, afinal
tem casais que chegam a passar anos na fila de espera. Não é que nosso país
seja atrasado, pois isso não é, mas com
toda certeza não tem necessidade desse excesso burocrático.
O que me chama muita atenção são pessoas
despreparadas tendo filhos e isso é em
toda esfera social, pois o pessoal fala muito que “pobre não tem preparo para
ter filho” e rico também não, eu cansei de ver em supermercados, shoppings,
fila de banco, tanto pais quanto mães serem verdadeiros despreparados. Eu fico agoniada
pois a minha vontade é interferir, ajudar a criança mas obviamente não posso
fazer isso afinal “sou uma estranha” e sabemos que em muitos países é proibido
por lei “pessoas estranhas” tocarem em crianças de desconhecidos. São pais e
mães, despreparados que se esquece de salvar os filhos para depois se salvarem.
Creio que eu não sou a única pessoa do mundo
que já ouviu a frase “morro por meus filhos”, já ouvi essa frase de meus pais
umas 500 vezes, como já ouvi também outros pais também dizerem isso. Foi o que
eu pensei, sempre quis acreditar que quando se tem filhos as vidas das pessoas
mudam, ao menos na minha casa foi assim. Quando meus pais tiveram filhos tudo
mudou, afinal como meus pais dizem: “Você percebi que você não vive mais por você,
que o que você ganha, você não pode gastar com o que quer, que você tem que
pensar mais no futuro, não em seu futuro, mas no futuro de seus filhos”.
Eu não
canso nunca de dizer que pais e mães são verdadeiros santos e heróis, para mim
santo não é o que está no altar da igreja e herói não é o Batman, mas quem tem
filhos e cuida bem.
Eu fico pensando tem que ter responsabilidade
ate no que você gasta afinal quantas vezes os pais da gente quer trocar o carro,
mas não pode, pois tem que pagar alguma despesa para o filho? E nossas mães que
muitas vezes querem um vestido lindo, mas preferi abrir mão pois aquele
dinheiro é justamente para comprar algo importante para os filhos?
Eu me lembro quando criança, meu pai chegava
cansado de viagem, mas não se esquecia de trazer algum presente para mim, tinha
vezes que meu pai tinha um monte de trabalho acumulado, mas largava tudo para
ir fazer um passeio comigo. Minha mãe também, deixou diversas vezes de comprar
coisas para ela para me alegrar com presentes. Sem falar das vezes que meu pai
tomou susto quando minha mãe ligava dizendo que eu estava doente e as vezes que
minha mãe não conseguiu dormir preocupada.
Quando falo em testes psicológicos é para
medir se as pessoas estão preparadas para abrir mão de praticamente toda sua
vida por causa de filhos, sua vida muda, sua prioridade muda e isso é para
sempre ate o dia que você morrer, pois pai e mãe de verdade podem estar no “Além”,
mas ainda vai se preocupar com os filhos.
Hoje eu estou adulta, não causo preocupações
para meus pais mas mesmo depois de adulta, quando eu ligo para conversar com
meu pai, muitas das vezes ele está ocupado mas para e conversa. Ser pai e mãe é
você parar tudo, ate o mundo pelos seus filhos.
Ontem eu estava jantando, e passou uma cena
na novela que era sobre a primeira menstruação de uma personagem. Então me
lembrei das vezes que meu pai passou vergonha ao comprar absorventes para mim.
Imagine você ter trabalhado o dia todo, ser
homem, esta super cansado, ainda ter que ir à farmácia comprar absorventes e remédio
para cólica. Meu pai sempre ligava perguntando “Filha você usa com abas ou sem
abas?”. Ser pai é isso, você tem que passar vergonha e comprar absorventes para
sua filha num dia que você está cansado e estressado.
Se todos os pais e mães soubessem que os
pequenos atos deles marcam todas as nossas vidas, os cientistas teriam criado o
ATômetro, que seria um aparelhinho para medir as atitudes das pessoas.
Posso dizer que tive bons pais, apenas me
pergunto “Se conseguirei ser boa mãe?”.
A verdade é que quando as pessoas fazem sexo,
poucos vão para a cama pensando em constituir uma família, a vida praticamente
impõe isso, afinal a realidade é que nem todos os bebês nasceram planejados,
mas eles não sabem disso, por tanto está na hora das pessoas entenderem que
sexo não é um parquinho de diversão, que por meio dele nascem famílias e serem
maduras o suficiente para darem
significado real a Palavra ‘Pai e Mãe’.
As pessoas falam que o futuro depende das
crianças, eu discordo, eu digo que o futuro depende dos pais e das mães dessas
crianças, afinal o que somos hoje com toda certeza é o reflexo puro de quem são
e quem foram os nossos pais.
Jéssica Cavalcante