A riqueza ao meio do isolamento


 
  

  A riqueza ao meio do isolamento


  As vezes é preciso o silencio do isolamento para que a gente se encontre. Muitas das vezes quando nos isolamos é quando mais estamos em companhia, de alguém fundamental, a gente.
  Quando olhamos para o mundo exterior e sentimos falta do nosso mundo interior, é quando percebemos que é impossível viver no mundo onde a gente não tenha o nosso porto seguro. É fundamental o isolamento, para a gente poder ouvir não so a nos mesmo, mas o nosso Criador afinal é impossível degustar uma bela sinfonia se tem uma pessoa gritando ao nosso lado. Essa sinfonia é Deus e a pessoa gritando, é tudo que está na sociedade e que nos cerca.
  A maior sabedoria não se encontra apenas numa biblioteca e sim, em lugares simples, como em nós mesmos, o mesmo me refiro a riqueza. Um castelo nem sempre é riqueza por mais folheado a ouro que seja, mas o nosso castelo interior, quem somos de verdade quando nos isolamos ai sim, acredite que essa  é a verdadeira riqueza.
  Quando falo em isolamento, as pessoas pensam em subir a um monte e ficar lá, por horas meditando. Nem sempre ficar sem pensar em nada significa você está aprendendo, ate porque das vezes que mais aprendi foi no momento do conflito de minha mente. É na guerra do pensamento que a gente encontra a paz, que sempre buscamos.
  Pensar não é ficar lembrando fatos que passou, mas analisar fatos isolados ou melhor filosofar sobre coisas frugais da vida, coisas simples e que as vezes a gente nem se importa.
  Eu me lembro de Montaigne, ele se isolou em seu castelo, ou melhor na torre de seu castelo e escreveu ate os últimos dias de sua vida, ele escreveu sobre o ser humano, sobre a vida... Ele observava ou melhor pensava, então escrevia, ate que nasceu sua  obra, Ensaios, que nada mais é do que uma bela viagem não só aos pensamentos de Montaigne mas sobre o ser humano em si.
  As pessoas tem mais medo do isolamento do que da morte, as pessoas tem medo de terminar seus dias sozinhos, alguns buscam o casamento só pela união, nem sempre a companhia do parceiro é boa mas ela mantém essa companhia, so pelo fato de não querer se ver sozinho.
  Nossa sociedade é medrosa, tem medo do isolamento e o pior de tão medíocres que são, pois são medrosos, fazem de sua felicidade em está com o outro, fazem de seus sonhos a companhia alheia, depois reclamam que se decepcionam.
 Nos decepcionamos, porque nos traímos, quando preferimos está com o outro invés de está com a gente mesmo, abrimos portas para a decepção entrar, pois fazemos  do outro a nossa fiel companhia e esquecemos que fidelidade so existe no Criador e na gente, afinal o mundo ainda é imperfeito.
  Alguns tem piedade de pessoas que preferem o isolamento, outros brincam de médicos alegam que pessoas que se isolam são depressivas, outros chamam esse tipo de pessoa de “imbecil” afinal para muitos, a felicidade se encontra no grito alheio.
  Felicidade questão de ser, felicidade para alguns se encontra no silencio já para outros se encontra em gigantescos ruídos, porém paz eu ainda acho impossível encontrar nos meu dos ruídos. Paz é como uma linda flor, nasce no lugar correto, no terreno fértil e limpo, ela não nasce  no meio do chorume, no meio do lixo. Quando encontramos essa florzinha chamada paz, a gente quer cuidar porque temos medo de perder e para regar a paz, tem que está preparado, abdicar da histeria e buscar sempre o silencio.
 Aprender sobre os mistérios da mente, é preciso conviver nesse mistério, adentrar nesse universo. Você não pode observar sem fazer parte desse mundo, você tem que viver nesse mundo se não nunca vai se conhecer de verdade.
 Dentro de cada um de nós existe um mundo encantado, alguns tem medo desse mundo, afinal o novo assusta, pois é preciso se entregar a esse mundo, ate porque não se pode viver em dois mundos aos mesmo tempo, não se pode está com um pé na guerra e outro na paz.
  A gente precisa deixar a nossa alma, ou melhor deixar ela ser livre, deixar ela pensar. Não dar para aprender querendo limpar a mente de todos os pensamentos, a mente não é um rio poluído que é preciso tirar o lixo, a mente e um mundo encantado que esses pensamentos são as cores desse mundo, tirar essas cores é transformar esse mundo em algo preto e branco, coisa que não queremos, pois preto e branco já é a cor de uma realidade, as vezes tão injusta.
  Pensar é entrar no mundo desconhecido e o ruim, que as vezes dói parar de pensar e ter que retornar a realidade e entrar em conflitos com outros seres humanos, que invés de usarem suas mentes para um paraíso colorido, eles usam suas mentes para produzir coisas que não fazem bem a humanidade, alguns se destrói pela mente, uns se gabam, afinal a mente cria o que a realidade omite.
  Saber pensar ainda é um privilegio, para uns é um mundo encantado, para outros é uma prisão e alguns se atrevem usá-lo como arma. Tiram as pétalas dessa bela flor e deixam os espinhos não so para furar os outros mas para se furar também, afinal o outro é só uma extensão do que eu sou de verdade.

Jéssica Cavalcante

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