
“A medicina arquetípica é um tipo de medicina psicossomática que tenta produzir mudança nas síndromes das doenças por meio da linguagem e, consequentemente, por meio da razão. Apesar dos princípios fundamentais descritos, a medicina arquetípica opõe-se a quaisquer e todas as avaliações excessivamente materialistas do real com uma desconfiança básica”, explica o autor.
No decorrer das páginas, Ziegler busca mostrar que a natureza humana não é nem natural nem saudável, mas aflita e cronicamente doente, desafiando assim a base filosófica da medicina tradicional, expondo sua sombra e denunciando que o atual interesse excessivo na saúde trai nossa natureza. Composta de uma parte inicial teórica e outra a respeito da prática, a obra traz exemplificações das ideias apresentadas, acrescentando à visão tradicional da relação doença-saúde uma nova perspectiva.
“A medicina arquetípica não depende tanto da objetividade quanto da subjetividade onde a ênfase, em graus diversos, está claramente sobre a experiência individual e sua prioridade. Sua preocupação principal não é com a observação de sintomas, mas move-se para a amplificação fenomenológica, em direção à essência simbólica do que é observado”, conclui o autor.
As questões, tratadas em um estilo elegante e simples, envolvido em exemplos de casos e dados, proporciona ao leitor um material enriquecedor, auxiliando estudantes, profissionais da área e interessados no assunto.
Sobre o Autor:
Alfred J. Ziegler (1925-1992), psiquiatra e analista de formação, dedicou-se por muitos anos à pesquisa sobre onirologia no âmbito da medicina psicossomática. Lecionou no Instituto Carl Jung, de Zurique (Suíça). Foi redator e editor da revista Gorgo de psicologia arquetípica e pensamento imagético, publicada em Stuttgart (Alemanha). Dentre suas obras, merecem destaque: Imagens de uma medicina da sombra (1987); Delírio e realidade – A humanidade em fuga diante de si mesma (1983); O Castrato – Horas espirituais de uma mística mórbida (1992)
*Post Release