PARA CIMA, PELO ARREPENDIMENTO




PARA CIMA, PELO ARREPENDIMENTO

“ Então, voltando-se o senhor, fixou os olhos em Pedro,e Pedro se lembrou da palavra do senhor, como lhe dissera: Hoje, três vezes me negarás, antes de cantar o galo. Então, Pedro, saindo dali, chorou amargamente.” ( Lc 22.61,62.)
Ao ouvir o canto do galo, Simão caiu em si. Naquele exato momento, os guardas tiravam Jesus da casa, para conduzi-lo ao Sinédrio. O senhor também ouviu o galo cantar. Sabia o que acontecera. Então olhou para Pedro. Não com um olhar de censura ou ressentimento, mas de perdão, de compreensão, de profundo amor. Um olhar de alguém que, dentro de mais algumas horas, iria morrer por aquele Pedro medroso e fanfarrão. E que, apesar de tudo, amava-o do jeito que ele era. Simão não pôde resistir à força daquele olhar.
Saiu apressado noite adentro e, arrependido, chorou amargamente.
Com certeza Pedro não estava acostumado a chorar. “ Homem não chora” é um ditado machista no qual muitos acreditam ainda hoje. Deveria ser também a convicção daqueles rudes pescadores da Galiléia, na época de Jesus. Mas é possível que nunca tenha havido, em toda a história, um choro tão copioso como o se Simão. Eram lágrimas represadas durante anos. Era o reconhecimento dos erros cometidos recentemente, a dor da queda, o pensamento de tudo o que Jesus padeceria nas horas seguintes, em seu lugar. Tudo isso extravasava das paredes de seu coração arrependido. Então Pedro chorou, e chorou. Talvez essa tenha sido a grande diferença entre ele e Judas. Em lugar nenhum se lê que Judas tenha chorado. Ele sentiu apenas remorso, e foi tão intenso que o levou a suicidar-se (Mt 27. 1-5). Pedro arrependeu-se. Ele humilhou-se. E foi ali, exatamente naquele instante, que ele começou a levantar-se.
Se nos arrependemos, Cristo nos recebe de volta. Às vezes o que acontece é apenas remorso; sentimo-nos mal porque nos afastamos de Jesus, mas não estamos dispostos a reaproximar-nos dele, confessar-lhe nossas culpas e assumir todas as consequências. Para que sejamos reerguidos, no entanto, é preciso que nos arrependamos. O arrependimento implica admissão de culpa e um desejo sincero de receber o perdão e de mudar de atitude.

Você, com certeza, conhece o caso de alguém que, após beber até altas horas da  noite, acorda no dia seguinte com uma ressaca daquelas.
“ Oh , a minha cabeça!” diz ele. “ juro que nunca mais vou colocar uma gota de álcool na boca.”
No fim de semana seguinte, porém, lá está ele outra vez, sentado na mesa do bar, “ entornando todas”!
Isso não é arrependimento. Não é reconhecimento de erro, não é vontade de mudar. É apenas remorso.
O arrependimento pode ser uma experiência dura e sofrida, mas é necessária. “... arrependei-vos e crede no evangelho” e um resumo das pregações do Senhor Jesus ( Mc 1.15). Só quando nos arrependemos Deus pode reconduzir-nos ao alto, pela sua misericórdia e pela sua graça. O caminho que conduz ao céu começa pelo arrependimento.


FONTE: LIVRO CURA PELA PALAVRA
MARCELO AGUIAR
EDITORA: BETÂNIA

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