TAL PAI – TAL FILHO



TAL PAI – TAL FILHO

Embora o dito “ Tal Pai- Tal Filho” sofra exceções e não possa ser absolutizado devido a outros fatores, que também influenciam o caráter dos filhos, estudos e pesquisas revelam que, até certo ponto, o pai desempenha um papel decisivo na formação da personalidade de seus filhos.

A família tem uma constelação trinitária: o pai, a mãe, os filhos. A carência definitiva ou temporária de um ou outro destes elementos tem seus impactos e reflexos na vida dos filhos.

A criança que não conheceu seu pai e que não teve pelo menos um substituto realmente paterno, tem por sua vez dificuldades em desempenhar cabalmente mais tarde o seu papel de pai. É  difícil dar o que nunca se recebeu, viveu e sentiu. O pai, sem deixar de ser o dominador da natureza, o profissional , o mago das alavancas, o homem do dinheiro exerce com sua presença e modo de ser uma influência marcante na estrutura psíquica, social, moral e religiosa dos filhos.

É um erro um pai dizer: “ O lar e os filhos são o reino exclusivo da mãe. Ela é a educadora dos filhos. O meu reino são a rua, os negócios, o pão nosso de cada dia”.

O PAI – UM MODELO

A dinâmica familiar das atitudes profundas de pai e mãe entre si configura também, num sentido positivo ou negativo, o psiquismo da criança. Vida matrimonial irregular, amor instável dos esposos, conflitos familiares, afetam o universo da criança, marcando-a com a inquietação, a instabilidade e o desequilíbrio.

A criança é um lago que espelha o firmamento familiar. Pelo processo inconsciente da osmose (assimilação) e do mimetismo ( imitação), a criança vai se identificando com suas estrelas tutelares( os pais). A figura do pai de reflete neste lago. E a criança olha o mundo e os homens pelos olhos do pai e vai ao mundo e aos homens pelas mãos do pai. Por isso as mãos dele devem estar firmes e não ser sacudidas por tremedeiras ( incertezas).

O pai propõe os modelos. Ele se propõe como o modelo. Calca no dever. Incarna o poder e autoridade, enquanto que a mãe é a representante significativa do amor. O pai inspira confiança e segurança ao filho, reconhecendo e apreciando o filho. A alma da criança é como um sismógrafo sensível a registrar ou a firmeza e estabilidade ou o terremoto que vai na alma do pai e no relacionamento conjugal.

Não é suficiente que o pai faça tudo pelos filhos no setor de sustento, escola e conforto. Tudo isto há de ter a marca permanente da responsabilidade e a verdade.

O PAI, PONTE PARA O MUNDO

Se a ausência da mãe é mais sentida na primeira infância, a ausência do pai deixa maiores impactos na idade escolar quando a criança vai ao mundo desconhecido da escola, ou na adolescência. Falta neste caso o modelo pessoal estimado com que identificar-se. Havendo um predomínio de excessiva sensibilidade.

E afetividade por parte da mãe, o desenvolvimento das características viris fica truncado ou retorcido. Quanto mais crescer a criança, mais quer ver o mundo explicado através do pai.

“ MEU PAI NÃO É BOM”

Um professor explicava a seus alunos a ideia de Deus como Pai bondoso, a partir da imagem que os filhos têm de seu pai terreno: como este cuida da família, como trabalha, como é bom, como a criança pode ir a ele sem medo... Uma das crianças, chorando, exclamou:
Meu pai não é bom. Ele fica bêbado e bate muito em nós e na mãe...
E isto é terrível. Aí a imagem do pai estava destruindo a outra imagem que o filho há de fazer de Deus e dos outros homens...
Daí a verdade daquela afirmação: “ Importante é o que o pai diz; mais importante é o modo de ser e agir do pai. E o mais importante de tudo é o ser do pai, aquilo que ele é na sua personalidade íntima”...
                              Clodoveu Sá


FONTE:  LIVRO DA FAMILIA
LIVRARIA EDITORIAL PADRE REUS DA SOC. CULTURAL E BENEFICENTE P. REUS



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