NO JARDIM DA DOR



NO JARDIM DA DOR

“ Suor tornou-se como grossas contas de sangue a escorrer-lhe por terra” ( Lc 22,44).

Pouco antes de sua paixão e morte, dizem os evangelistas que Jesus experimentou uma profunda angústia. Getsêmani ficou sendo para os cristãos sinal de profundo abandono e de pavor. A cena nos fala da fragilidade de Jesus.
Não ficamos escandalizados com esta afirmação. Ao contrário, tal fato mostra claramente o homem que era Jesus.
Tudo estava se armando. A oposição dos fariseus se adensava. Não havia possibilidade de amolecer seus corações.
Não estavam abertos à verdade. Estavam empedernidos em sua auto-suficiência. Estava em jogo o Reino do Pai. Jesus precisava ficar fiel. Não podia arredar um passo sequer.
Um grande debate com todas as forças da oposição não redundaria em nada. Jesus não podia fazer concessões. Estava encurralado.
Sentia que sua natureza humana era fraca. Tinha medo dos dias que estavam chegando.Tinha medo de entrar na noite do abandono. Vai então para Getsêmani, o Jardim de Oliveiras. Há um pedido que o Pai precisa escutar. Se fosse possível o pai deveria afastar de Jesus o cálice amargo que estava se apresentando! O Pai podia fazê-lo. Mas o que importava era a coerência, era realizar sua missão. Os anos anteriores tinham sido marcados por uma intensa atividade de Jesus. Não tinha tido nem mais tempo para descansar e comer. Tinha sido devorado por sua missão. Ele tinha visto, aqui e ali, uma reação positiva e respostas generosas tinham sido dadas e apresentadas. As bases do mundo novo tinham sido colocadas. O sucesso dependeria agora da ação de Deus nos corações dos homens.
Parecia claro que esse momento doloroso que se avizinhava seria reforço para o sucesso do Reino. Cristo aceita.
Embora pedisse ao Pai que afastasse o cálice, dizia que também era importante a realização da Sua vontade adorável.
Se Deus visse em seu aniquilamento total força para o Reino, Cristo Jesus não teria nada a objetar. Ele tinha vindo para fazer a vontade do Pai. No jardim das dores Jesus chorou, derramou um suor misturado com gotas de sangue. Estava chegando a sua hora.


“ Senhor, entra em meu coração e em minha alma para carregar meus sofrimentos e para continuar em mim o que te resta sofrer de tua paixão”,
                                                                      Pascal


FONTE: LIVRO NO SILÊNCIO DO TEU QUARTO
MEDITAÇÕES EVANGÉLICAS
ALMIR RIBEIRO GUIMARÃES, O.F.M.
EDITORA: VOZES

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