O SANTÍSSIMO SACRAMENTO PROTEGE SANTA CLARA DE ASSIS

O SANTÍSSIMO SACRAMENTO PROTEGE SANTA CLARA DE ASSIS

Quando Frederico II, revoltado contra a Igreja, saqueou as cidades da Itália, o vale de Spoleto foi devastado, ora pelo furor dos soldados imperiais, ora pelos muçulmanos. Um dia, as tropas que cercavam a cidade de Assis, atacaram o Convento de São Domingos, aonde vivia Santa Clara, com suas filhas espirituais.

Quando os inimigos começaram a escalar os muros com horríveis gritos, as Irmãs, assustadas, se aproximaram de sua Madre Fundadora, que estava doente, na cama.

A Santa, aflita com o perigo, mandou que as religiosas a ajudassem a caminhar e a levassem à entrada do mosteiro. Pediu, também, que lhe trouxessem o cibório ( taça dourada com tampa, onde são guardadas as hóstias consagradas) que continha o Santíssimo Sacramento. Prostrada, em ardente oração, Santa Clara, a dois passos do inimigo enfurecido, exclamou:

Será possível, ó meu Deus, que deixeis as vossas servas, que tenho alimentado até agora com o pão do vosso amor, cair nas mãos dos soldados? Guardai, Senhor, eu vos suplico, guardai estas almas que vos pertencem e que sozinha não posso defender.

E logo, Clara ouviu uma voz doce como a de uma criança:

- Eu vos guardarei sempre!

- Meu Deus – acrescentou Clara – protegei também esta cidade, que nos sustenta para o vosso amor.

E o Salvador respondeu:

Graças à tua intercessão, Minha proteção se estenderá também a ela.

Então, a virgem, erguendo o rosto esperançado, exclamou:

Coragem! Minhas filhas. Vós não sofrereis mal algum.

Contai com o amor do nosso Deus!

No mesmo instante, por uma inspiração divina, levantou-se, tomou o cibório e avançou em direção à brecha que os invasores já estavam a transpor, e apresentou-lhes o augusto Sacramento.

Milagrosamente, os soldados ficaram cegos pelos raios de uma luz celestial. Toda a tropa foi tomada de um intenso pânico e fugiu em desordem. O mosteiro foi salvo e a cidade poupada à pilhagem.

FONTE: LIVRO JESUS CRISTO CONOSCO NA EUCARISTIA

ASSOCIAÇÃO CULTURAL NOSSA SENHORA DE FÁTIMA