A inserção da
criança nas redes sociais
Em grande parte das crianças quais possuem perfis em redes sociais,
foram inseridas nelas antes dos dois anos de idade. Um
estudo feito pela AVG, empresa de programas de proteção de computadores e de
privacidade na Net, concluiu que 82% das crianças viajavam já pelo ciberespaço
antes dos dois anos de idade.
Nos 10 países estudados pela AVG, os EUA são os que mais mostram – ou
expõem – os filhotes na net: 92% dos bebês americanos tinham fotos em redes
sociais como o Facebook e o Orkut ou em sites de compartilhamento de fotos como
Flickr e o Picasa antes dos dois anos.
Conclui-se
então que mesmo os pais, sem o menor intuito de fazer com que seus filhos
ganhem ‘vida virtual’, ele assim os faz a partir do momento que inseri fotos da
criança além de colocar a criança e a família em risco, já que os perfis em
redes sociais dão dicas da rotina de cada pessoa ele também faz a inserção
precocemente, tornando assim, como um incentivo para que crianças venham a ter
perfis nas redes sociais.
Muitas
crianças criam perfis nas redes sociais pois elas carecem de atenção de seus
pais, por elas verem a dinâmica do trabalho dos pais que atualmente muitas
empresas aderem as redes sociais como fonte de pesquisa, divulgação e como
ferramenta de conhecimento dos funcionários que prestam serviços para
determinada empresa. A criança se espelha no comportamento dos adultos,
principalmente dos pais, e ao ver seus pais sempre em participação dos perfis
das redes sociais elas tendem a imitar, basta analisar que a idade, qual a
criança do sexo feminino mais imita as ações da mãe, como o vestir, o falar e a
maneira de se expressar é durante a segunda infância, período que vai dos três
anos de idade aos seis anos, nessa fase ela admira os pais, já que ainda
continua com independência com os pais, mesmo já começando a possuir um ciclo
de amigos. Porém ela cria independência na terceira infância qual abrange dos 6
anos aos 11 anos, qual ela começa a desenvolver raciocínio lógico, querer agir
de acordo com sua própria vontade e impulso, já possui uma coordenação motora
melhor do que, quando estava na terceira infância.
Pelo fato
de ser dependente dos pais, e imitar as atitudes deles, ela tenderá a também
imitar esse comportamento inclusive os das redes sociais. Algumas crianças hoje
a partir dos 5 anos de idade já possuem um bom desenvolvimento quando se
falamos em tecnologia, a exemplo de um bom manuseio de aparelhos celulares, e
de eletrônicos quais possuem acessibilidade com a internet. As redes sociais,
com o intuito de se expandir e
conquistar todos os públicos, ela facilita o manuseio de suas configurações
como criar perfis e a personalização do próprio perfil, mesmo algumas redes
sociais exigirem que seus integrantes sejam
maiores de idade, não há nenhuma comprovação da maioridade, já que a
mesma só pede dia e ano de nascimento da pessoa que quer se cadastrar, podendo
a informação ser omitida ou alterada.
Muitas
crianças procuram as redes sociais, por carência pois algumas não possuem tanta
disponibilidade para formalizar um diálogo com seus pais, devido a
incompatibilidade de horários ou disponibilidade de tempo de ambos. Atualmente
as próprias brincadeiras e divertimentos das crianças sofreram alterações,
antigamente as crianças possuíam um grande ciclo de amigos, se viam diariamente
e podiam brincar nas ruas porém atualmente, cada dia que passa fica mais
difícil fazer amizades com os próprios vizinhos, já que cada um tende a se
isolar no conforto de seus lares, com o advento da tecnologia e portabilidade
da mesma, possuem acesso a internet em quase todos os ambientes tanto do lar
quanto de ambientes externo. O próprio conceito de amizade foi alterado pois é
mais fácil fazer amizades por meio virtual do que presencial já que pelo fator
distância as pessoas criam a falsa idéia que estão mais seguras e se todas
essas alterações afetam nos adultos também afetará nas crianças, basta lembrar
que as mesmas tende a fazer uma copilação dos adultos, pois elas esboçam real
desejo de admiração pela fase adulta. A criança atualmente não se aventura a
brincar em um parquinho da praça, mas brincam nos enclaves fortificados a
exemplo de shoppings, parques particulares e condomínios fechados. A própria sociedade,
o meio em qual essas crianças convivem contribuem para que a mesma busque o
isolamento, pois o meio influência ao isolamento social já que todos nós temos
a ideologia que é perigoso brincar com outras crianças em uma praça pública.
Alguns pais preferem que seus filhos brinquem na internet, do que se exponham a
brincar em ambientes abertos estando sujeitos a seqüestros e outras ameaças do
ambiente urbano.
Com a
inserção da criança na internet ela tenderá a se inserir também nas redes
sociais, pois a própria internet a exemplo do site de busca Google, Bing e
outros fazem uma excessiva divulgação para que as pessoas criem perfis nas
redes sociais. A criança por possuir curiosidade natural de sua idade, ela
tenderá a visitar essas redes, se encantará pois o diálogo é mais fluente, a
afetividade é mais notória na internet do que em nosso ‘mundo real’ ,e é muito
mais fácil fazer amizades no ambiente virtual do que em nossa sociedade
presencial.
Outras
crianças, se inserem nas redes sociais devido a forte divulgação nas mídia
tanto televisa, na internet, quanto os próprios colegas de escola. A criança
tende a copiar as atitudes dos outros sejam eles adultos, ou colegas de escola,
e quanto mais ela admira mais ela copiará essas atitudes, além do mais, ela não
quer ser diferente de seus colegas, já que tem o conceito de querer ser igual
ou “normal”. Basta perceber que a menina pergunta a mãe por que o órgão genital
do menino é diferente do da menina? Assim também como outras perguntas que são
descritivas próprias da representatividade do gênero, como “por quê o cabelo da
menina é grande, e do menino é curto?”, ou “por quê as meninas brincam de
bonecas e os meninos de carrinho?”, para a criança todos devem serem iguais e
como ela não quer ser diferente dos demais colegas ela também tenderá a aderir
perfis nas redes sociais caso seus colegas também o possuam.
Jéssica Cavalcante