CAMPANHA EM INCENTIVO A LEITURA



"A leitura é uma conversação com os homens mais ilustres dos séculos passados." (René Descartes)
A leitura, que é um testemunho oral da palavra escrita de diversos idiomas, com a invenção da imprensa, tornou-se uma atividade extremamente importante para o homem civilizado, atendendo múltiplas finalidades. Aquisição da Leitura
Segundo Zina (1997) a leitura envolve em primeiro lugar, a identificação dos símbolos impressos (letras e palavras) e o relacionamento destes com os seus respectivos sons. Em que, no início do processo de aprendizagem da leitura, a criança deverá diferenciar visualmente cada letra impressa, percebendo e relacionando este símbolo gráfico com seu correspondente sonoro. Quando a criança entra em contato com as palavras, deve então diferenciar visualmente cada letra que forma a palavra, associando-a a seu respectivo som, para a formação de uma unidade lingüística significativa. Neste processo inicial da leitura, em que a criança visualiza os símbolos, fazendo a associação entre a palavra impressa e som, define-se decodificação. Entretanto, para que haja leitura não basta apenas a decodificação dos símbolos, mas a compreensão e a análise crítica do texto lido. Quando não há compreensão pela criança do que se lê no texto, esta leitura deixa de ser interessante, prazerosa e motivadora. Pode-se considerar então que uma criança lê, quando esta entende o que o texto retrata. Pois quando esta apenas decodifica e não compreende, não se pode afirmar que houve leitura.
Podemos vincular o conceito de leitura ao processo de literacia, numa compreensão mais ampla do processo de aquisição das capacidades de leitura e escrita e principalmente da prática social destas capacidades. Deste modo, a leitura nos insere em um mundo mais vasto, de conhecimentos e significados, nos habilitando inclusive a decifrá-lo; daí a noção tão difundida de leitura do mundo.
escrita deve ter um sentido para quem lê, pois saber ler não pode ser representar apenas a decodificação de signos, de símbolos. Ler é muito mais que isso; é um movimento de interação das pessoas com o mundo e delas entre si e isso se adquire quando passa a exercer a função social da língua, ou seja, quando sai do simplismo da decodificação para a leitura e reelaboração dos textos que podem ser de diversas formas apresentáveis e que possibilitam uma percepção do mundo.
Segundo Fanny Abramovich, é por meio de narrativas que se pode descobrir outros lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e de ser, de outra ética, outra ótica... É ficar sabendo História, Geografia, Filosofia, Política, Sociologia, sem precisar saber o nome disso tudo e muito menos achar que tem caráter de aula...

HISTÓRIA DA LEITURA

Há 40.000 anos o homem pintava nas paredes das cavernas touros e bisões, renas e cavalo, o que era denominado pictografia.
No desenvolvimento da escrita, o homem substituiu a representação visual pela sonora. O sinal se libertou do objeto e a linguagem adquire a sua verdadeira natureza que é oral. A humanidade é possuidora da razão, possibilitando a comunicação e o relacionamento com outros homens.
Na antiguidade, o conhecimento era transmitido oralmente. Por isso, a arte da oratória era base dos ensinamentos, sendo através do diálogo que os mestres ensinavam os aprendizes. Em função das dificuldades de publicar e divulgar as obras escritas, o leitor era um ouvinte, onde leitores e não leitores tinham mais contato no sentido de resignificar os textos. Os textos eram escritos em volumes, rolos de papiros, um dos primeiros de registrar os pensamentos.
A leitura e à escrita estava restrita a poucos privilegiados. Na Grécia, restringia-se aos filósofos e aristocratas, enquanto em Roma a escrita tornou-se uma forma de garantir os direitos dos patrícios às propriedades. Na Idade Média , uma minoria era alfabetizada, as igrejas, os mosteiros e as abadias converteram-se nos únicos centros da cultura letrada. Nos mosteiros e abadias medievais encontravam-se as únicas escolas e bibliotecas da época, e era lá que se preservavam e restauravam textos antigos da herança greco-romana.
A educação formal entrou em crise na Alta Idade Média, ficando restrita basicamente ao meio clerical. Durante o período merovíngio, a igreja manteve escolas episcopais para garantir a formação do clero, enquanto dentro dos mosteiros realizava-se a leitura e a cópia de documentos escritos e de alguns livros das civilizações grega e romana. A leitura tinha o caráter religioso, não tendo obrigação de ensinar a ler aqueles que não fossem seguir a vocação religiosa, assim, a igreja passou a monopolizar a censurar as obras que seriam transcritas. A escrita tornou-se um símbolo sagrado, com isso, a igreja veiculou a idéia de que os indivíduos laicos tinham que respeitar sem contestar os ensinamentos sagrados, devendo apenas escutá-las e memorizá-las.
Durante muito tempo, a leitura ficou atrelada à esfera clerical, porém, em meados do século XI, com o aumento das atividades comerciais e manufatureiras, que provocou o crescimento das zonas urbanas, a igreja começou a perder, pouco a pouco, o poder sobre o ensino. A escrita avançou então além dos muros da igreja, chegava também ao alcance dos leigos.
Devido ao desenvolvimento econômico e social, aumentou a necessidade de instrução da população. Com isso, a implantação de escolas públicas gradativamente passou a crescer.



A IMPORTÂNCIA DA LEITURA

A prática da leitura se faz presente em nossas vidas desde o momento em que começamos a "compreender" o mundo à nossa volta. No constante desejo de decifrar e interpretar o sentido das coisas que nos cercam, de perceber o mundo sob diversas perspectivas, de relacionar a realidade ficcional com a que vivemos, no contato com um livro, enfim, em todos estes casos estamos, de certa forma, lendo - embora, muitas vezes, não nos demos conta.
A atividade de leitura não corresponde a uma simples decodificação de símbolos, mas significa, de fato, interpretar e compreender o que se lê. Segundo Angela Kleiman, a leitura precisa permitir que o leitor apreenda o sentido do texto, não podendo transformar-se em mera decifração de signos linguísticos sem a compreensão semântica dos mesmos.
Nesse processamento do texto, tornam-se imprescindíveis também alguns conhecimentos prévios do leitor: os linguísticos, que correspondem ao vocabulário e regras da língua e seu uso; os textuais, que englobam o conjunto de noções e conceitos sobre o texto; e os de mundo, que correspondem ao acervo pessoal do leitor. Numa leitura satisfatória, ou seja, na qual a compreensão do que se lê é alcançada, esses diversos tipos de conhecimento estão em interação. Logo, percebemos que a leitura é um processo interativo.
Quando citamos a necessidade do conhecimento prévio de mundo para a compreensão da leitura, podemos inferir o caráter subjetivo que essa atividade assume. Conforme afirma Leonardo Boff,
cada um lê com os olhos que tem. E interpreta onde os pés pisam. Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender o que alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é a sua visão de mundo. Isto faz da leitura sempre um releitura. [...] Sendo assim, fica evidente que cada leitor é co-autor.
A partir daí, podemos começar a refletir sobre o relacionamento leitor-texto. Já dissemos que ler é, acima de tudo, compreender. Para que isso aconteça, além dos já referidos processamento cognitivo da leitura e conhecimentos prévios necessários a ela, é preciso que o leitor esteja comprometido com sua leitura. Ele precisa manter um posicionamento crítico sobre o que lê, não apenas passivo. Quando atende a essa necessidade, o leitor se projeta no texto, levando para dentro dele toda sua vivência pessoal, com suas emoções, expectativas, seus preconceitos etc. É por isso que consegue ser tocado pela leitura.
Assim, o leitor mergulha no texto e se confunde com ele, em busca de seu sentido. Isso é o que afirma Roland Barthes, quando compara o leitor a uma aranha:
[...] o texto se faz, se trabalha através de um entrelaçamento perpétuo; perdido neste tecido - nessa textura -, o sujeito se desfaz nele, qual uma aranha que se dissolve ela mesma nas secreções construtivas de sua teia.
Dessa forma, o único limite para a amplidão da leitura é a imaginação do leitor; é ele mesmo quem constrói as imagens acerca do que está lendo. Por isso ela se revela como uma atividade extremamente frutífera e prazerosa. Por meio dela, além de adquimirmos mais conhecimentos e cultura - o que nos fornece maior capacidade de diálogo e nos prepara melhor para atingir às necessidades de um mercado de trabalho exigente -, experimentamos novas experiências, ao conhecermos mais do mundo em que vivemos e também sobre nós mesmos, já que ela nos leva à reflexão.
E refletir, sabemos, é o que permite ao homem abrir as portas de sua percepção. Quando movido por curiosidade, pelo desejo de crescer, o homem se renova constantemente, tornando-se cada dia mais apto a estar no mundo, capaz de compreender até as entrelinhas daquilo que ouve e vê, do sistema em que está inserido. Assim, tem ampliada sua visão de mundo e seu horizonte de expectativas.
Desse modo, a leitura se configura como um poderoso e essencial instrumento libertário para a sobrevivência do homem.
Há entretanto, uma condição para que a leitura seja de fato prazerosa e válida: o desejo do leitor. Como afirma Daniel Pennac, "o verbo ler não suporta o imperativo". Quando transformada em obrigação, a leitura se resume a simples enfado. Para suscitar esse desejo e garantir o prazer da leitura, Pennac prescreve alguns direitos do leitor, como o de escolher o que quer ler, o de reler, o de ler em qualquer lugar, ou, até mesmo, o de não ler. Respeitados esses direitos, o leitor, da mesma forma, passa a respeitar e valorizar a leitura. Está criado, então, um vínculo indissociável. A leitura passa a ser um imã que atrai e prende o leitor, numa relação de amor da qual ele, por sua vez, não deseja desprender-se.
Maria Carolina
Professora de Língua Portuguesa e Redação do Ensino Médio e Normal

BONS MOTIVOS PARA CUIDARMOS DA LEITURA


A leitura é um processo muito mais amplo do que podemos imaginar. Ler não é unicamente interpretar os símbolos gráficos, mas interpretar o mundo em que vivemos. Na verdade, passamos todo o nosso tempo lendo!

O psicanalista francês Lacan disse que o olhar da mãe configura a estrutura psíquica da criança, ou seja, esta se vê a partir de como vê seu reflexo nos olhos da mãe! O bebê, então, segundo esta citação, lê nos olhos da mãe o sentimento com que é recebido e interpreta suas emoções: se o que encontra é rejeição, sua experiência básica será de terror; se encontra alegria, sua experiência será de tranqüilidade, etc.

Ler está tão relacionado com o fato de existirmos que nem nos preocupamos em aprimorar este processo. É lendo que vamos construindo nossos valores e estes são os responsáveis pela transformação dos fatos em objetos de nosso sentimento.

Leitura é um dos grandes, senão o maior, ingrediente da civilização. Ela é uma atividade ampla e livre – fato comprovado pela frustração de algumas pessoas ao assistirem a um filme, cuja história já foi lida em um livro. Quando lemos, associamos as informações lidas à imensa bagagem de conhecimentos que temos armazenados em nosso cérebro e então somos capazes de criar, imaginar e sonhar.

É por meio da leitura que podemos entrar em contato com pessoas distantes ou do passado, observando suas crenças, convicções e descobertas que foram imortalizadas por meio da escrita.

Esta possibilita o avanço tecnológico e científico, registrando os conhecimentos, levando-os a qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo, desde que saibam decodificar a mensagem, interpretando os símbolos usados como registro da informação. A leitura é o verdadeiro elo integrador do ser humano e a sociedade em que ele vive!

O mundo de hoje é marcado pelo enorme fluxo de informações oferecidas a todo instante. É preciso também tornarmo-nos mais receptivos e atentos, para nos mantermos atualizados e competitivos. Para isso, é imprescindível leitura que nos estimule cada vez mais em vista dos resultados que ela oferece. Se você pretende acompanhar a evolução do mundo, manter-se em dia, atualizado e bem informado, precisa preocupar-se com a qualidade da sua leitura.

As operações do ato de ler

livros antigos




Ao ler realizamos as seguintes operações:

1) Captamos o estímulo, ou seja, por meio da visão, encaminhamos o material a ser lido para nosso cérebro.

2) Passamos, então, a perceber e a interpretar o dado sensorial (palavras, números, etc.) e a organizá-lo segundo nossa bagagem de conhecimentos anteriores. Para essa etapa, precisamos de motivação, de forma a tornar o processo mais otimizado possível.

3) Assimilamos o conteúdo lido integrando-o ao nosso arquivo mental” e aplicando o conhecimento ao nosso cotidiano


Livro interessante ou leitores interessados?


Observe: você pode gostar de ler sobre esoterismo e uma pessoa próxima não se interessar por este assunto. Por outro lado, será que esta mesma pessoa se interessaria por um livro que fale sobre História ou esportes? No caso da leitura, não existe livro interessante, mas leitores interessados.

Leitura eficiente

A pessoa que se preocupa com a qualidade de sua leitura e com o resultado que poderá obter, deve pensar no ato de ler como um comportamento que requer alguns cuidados, para ser realmente eficaz.

1) Atitude

Pensamento positivo para aquilo que deseja ler. Manter-se descansado é muito importante também. Não adianta um desgaste físico enorme, pois a retenção da informação será inversamente proporcional. Uma alimentação adequada é muito importante.
Cuidado! Devemos virar a página, segurando-a pelo lado superior, antes de lermos a última frase!

2) Ambiente

O ambiente de leitura deve ser preparado para ela. Nada de ambientes com muitos estímulos que forcem a dispersão. Deve ser um local tranqüilo, agradável, ventilado, com uma cadeira confortável para o leitor e mesa para apoiar o livro a uma altura que possibilite postura corporal adequada.
Quanto à iluminação, deve vir do lado posterior esquerdo, pois o movimento de virar a página acontecerá antes de ter sido lida a última linha da página direita e, de outra forma, haveria a formação de sombra nesta página, o que atrapalharia a leitura.


3) Objetos necessários


Para evitar de, durante a leitura, levantarmos para pegar algum objeto que julguemos importante, devemos colocar lápis, marca-texto e dicionários sempre à mão. Quanto sublinhar os pontos importantes do texto, é preciso aprender a técnica adequada. Não o fazer na primeira leitura, evitando que os aspectos sublinhados parecem-se mais com um mosaico de informações aleatórias.




Leia mais e se divirta

1 – Desenvolve o repertório – Ler é um ato valioso para nosso crescimento pessoal e profissional;

2 – Amplia o conhecimento geral – Além de ser envolvente, a leitura expande as referências e a capacidade de comunicação;

3 – Estimula a criatividade – Ler é fundamental para soltar a imaginação. Por meio dos livros, criamos lugares e personagens;

4 – Aumenta o vocabulário – Graças aos livros, descobrimos novas palavras e novos usos para as que já conhecemos;

5 – Emociona e causa impacto – Quem já se sentiu triste ao fim de um romance sabe o poder que um bom livro tem;

6 – Muda sua vida – Quem lê desde cedo está muito mais preparado para os estudos, para o trabalho e para a vida;

7 – Liga o senso crítico na tomada – Livros, inclusive os romances, nos ajudam a entender o mundo e nós mesmos;

8 – Facilita a escrita – Ler é um hábito que se reflete no domínio da escrita. Quem lê mais escreve melhor.


FONTE: http://www.blogdocatarino.com/2009/12/oito-razoes-para-ler-mais-livros.html#ixzz15GaX2se4 

História Do Livro

A história do livro é uma história de inovações técnicas que permitiram a melhora da conservação dos volumes e do acesso à informação, da facilidade em manuseá-lo e produzi-lo. Esta história é intimamente ligada às contingências políticas e econômicas e à história de ideias e religiões.


Antiguidade


Na Antiguidade surge a escrita, anteriormente ao texto e ao livro. A escrita consiste de código capaz de transmitir e conservar noções abstratas ou valores concretos, em resumo: palavras. É importante destacar aqui que o meio condiciona o signo, ou seja, a escrita foi em certo sentido orientada por esse tipo de suporte; não se esculpe em papel ou se escreve no mármore.
Os primeiros suportes utilizados para a escrita foram tabuletas de argila ou de pedra. A seguir veio o khartés (volumen para os romanos, forma pela qual ficou mais conhecido), que consistia em um cilindro de papiro, facilmente transportado. O "volumen" era desenrolado conforme ia sendo lido, e o texto era escrito em colunas na maioria das vezes (e não no sentido do eixo cilíndrico, como se acredita). Algumas vezes um mesmo cilindro continha várias obras, sendo chamado então de tomo. O comprimento total de um "volumen" era de c. 6 ou 7 metros, e quando enrolado seu diâmetro chegava a 6 centímetros.
O papiro consiste em uma parte da planta, que era liberadalivrada (latim libere, livre) do restante da planta - daí surge a palavra liber libri, em latim, e posteriormente livro em português. Os fragmentos de papiros mais "recentes" são datados do século II a.C..
Aos poucos o papiro é substituído pelo pergaminho, excerto de couro bovino ou de outros animais. A vantagem do pergaminho é que ele se conserva mais ao longo do tempo. O nome pergaminho deriva de Pérgamo, cidade da Ásia menor onde teria sido inventado e onde era muito usado. O "volumen" também foi substituído pelo códex, que era uma compilação de páginas, não mais um rolo. O códex surgiu entre os gregos como forma de codificar as leis, mas foi aperfeiçoado pelos romanos nos primeiros anos da Era Cristã. O uso do formato códice (ou códice) e do pergaminho era complementar, pois era muito mais fácil costurar códices de pergaminho do que de papiro.
Uma consequência fundamental do códice é que ele faz com que se comece a pensar no livro como objeto, identificando definitivamente a obra com o livro.
A consolidação do códex acontece em Roma, como já citado. Em Roma a leitura ocorria tanto em público (para a plebe), evento chamado recitatio, como em particular, para os ricos. Além disso, é muito provável que em Roma tenha surgido pela primeira vez a leitura por lazer (voluptas), desvinculada do senso prático que a caracterizara até então. Os livros eram adquiridos em livrarias. Assim aparece também a figura do editor, com Atticus, homem de grande senso mercantil. Algumas obras eram encomendadas pelos governantes, como a Eneida, encomendada a Virgílio porAugusto.
Acredita-se que o sucesso da religião cristã se deve em grande parte ao surgimento do códice, pois a partir de então tornou-se mais fácil distribuir informações em forma escrita.


Idade Média


Na idade Média o livro sofre um pouco, na Europa, as consequências do excessivo fervor religioso, e passa a ser considerado em si como um objeto de salvação. A característica mais marcante da Idade Média é o surgimento dos monges copistas, homens dedicados em período integral a reproduzir as obras, herdeiros dos escribas egípcios ou dos libraii romanos. Nos mosteiros era conservada a cultura da Antiguidade. Apareceram nessa época os textos didáticos, destinados à formação dos religiosos.
O livro continua sua evolução com o aparecimento de margens e páginas em branco. Também surge a pontuação no texto, bem como o uso de letras maiúsculas. Também aparecem índices, sumários e resumos, e na categoria de gêneros, além do didático, aparecem os florilégios (coletâneas de vários autores), os textos auxiliares e os textos eróticos. Progressivamente aparecem livros em língua vernácula, rompendo com o monopólio do latim na literatura. O papel passa a substituir o pergaminho.
Mas a invenção mais importante, já no limite da Idade Média, foi a impressão, no século XIV. Consistia originalmente da gravação em blocos de madeira do conteúdo de cada página do livro; os blocos eram mergulhados em tinta, e o conteúdo transferido para o papel, produzindo várias cópias. Foi em 1405 surgia na China, por meio de Pi Sheng, a máquina impressora de tipos móveis, mas a tecnologia que provocaria uma revolução cultural moderna foi desenvolvida por Johannes Gutenberg.
Epopéia de Gilgamesh é o livro mais antigo conhecido.

Idade Moderna


No Ocidente, em 1455Johannes Gutenberg inventa a imprensa com tipos móveis reutilizáveis, o primeiro livro impresso nessa técnica foi a Bíblia em latim. Houve certa resistência por parte dos copistas, pois a impressora punha em causa a sua ocupação. Mas com a impressora de tipos móveis, o livro popularizou-se definitivamente, tornando-se mais acessível pela redução enorme dos custos da produção em série.
Com o surgimento da imprensa desenvolveu-se a técnica da tipografia, da qual dependia a confiabilidade do texto e a capacidade do mesmo para atingir um grande público. As necessidades do tipo móvel exigiram um novo desenho de letras; caligrafias antigas, como a Carolíngea, estavam destinadas ao ostracismo, pois seu excesso de detalhes e fios delgados era impraticável, tecnicamente.
Uma das figuras mais importantes do início da tipografia é o italiano Aldus Manutius. Ele foi importante no processo de maturidade do projeto tipográfico, o que hoje chamaríamos de design gráfico ou editorial. A maturidade desta nova técnica levou, entretanto, cerca de um século.


Portugal

Fotografia de um livro publicado em 1866.
Em Portugal, a imprensa foi introduzida no tempo do rei D. João II. O primeiro livro impresso em território nacional foi o Pentateuco, impresso em Faro em caracteres hebraicos no ano de 1487. Em 1488 foi impresso em Chaves o Sacramental de Clemente Sánchez de Vercial, considerado o primeiro livro impresso em língua portuguesa, e em 1489 e na mesma cidade, o Tratado de Confissom. A impressão entrava em Portugal pelo nordeste transmontano. Só na década de noventa do século XV é que seriam impressos livros em Lisboa, no Porto e em Braga.
Na idade Moderna aparecem livros cada vez mais portáteis, inclusive os livros de bolso. Estes livros passam a trazer novos gêneros: o romance, a novela, os almanaques.


Idade Contemporânea


Cada vez mais aparece a informação não-linear, seja por meio dos jornais, seja da enciclopédia. Novas mídias acabam influenciando e relacionando-se com a indústria editoral: os registros sonoros, a fotografia e o cinema.
O acabamento dos livros sofre grandes avanços, surgindo aquilo que conhecemos como edições de luxo. Atualmente, a Bíblia é o livro mais vendido do mundo.


Livro eletrônico

Enciclopédia
De acordo com a definição dada no início deste artigo, o livro deve ser composto de um grupo de páginas encadernadas e ser portável. Entretanto, mesmo não obedecendo a essas características, surgiu em fins do século XX o livro eletrônico, ou seja, o livro num suporte eletrônico, o computador. Ainda é cedo para dizer se o livro eletrônico é um continuador do livro típico ou uma variante, mas como mídia ele vem ganhando espaço, o que de certo modo amedronta os amantes do livro típico - os bibliófilos.
Existem livros eletrônicos disponíveis tanto para computadores de mesa quanto para computadores de mão, os palmtops. Uma dificuldade que o livro eletrônico encontra é que a leitura num suporte de papel é cerca de 1,2 vez mais rápida do que em um suporte eletrônico, mas pesquisas vêm sendo feitas no sentido de melhorar a visualização dos livros eletrônicos.


A produção do livro

Biblioteca moderna em Chambery, França
A criação do conteúdo de um livro pode ser realizada tanto por um autor sozinho quanto por uma equipe de colaboradores, pesquisadores, co-autores e ilustradores. Tendo o manuscrito terminado, inicia a busca de uma editora que se interesse pela publicação da obra (caso não tenha sido encomendada). O autor oferece ao editor os direitos de reprodução industrial do manuscrito, cabendo a ele a publicação do manuscrito em livro. As suas funções do editor são intelectuais e econômicas: deve selecionar um conteúdo de valor e que seja vendável em quantidade passível de gerar lucros ou mais-valias para a empresa. Modernamente o desinteresse de editores comerciais por obras de valor mas sem garantias de lucros tem sido compensado pela atuação de editoras universitárias (pelo menos no que tange a trabalhos científicos e artísticos).
Cabe ao editor sugerir alterações ao autor, com vista a ajustar o livro ao mercado. Essas alterações podem passar pela editoração do texto, ou pelo acréscimo de elementos que possam beneficiar a utilização/comercialização do mesmo pelo leitor. Uma editora é composta pelo Departamento editorial, de produção, comercial, de Marketing, assim como vários outros serviços necessários ao funcionamento de uma empresa, podendo variar consoante as funções e serviços exercidos pela empresa. Na mesma trabalham os editores, revisores, gráficos e designers, capistas, etc. Uma editora não é necessariamente o produtor do livro, sendo que quase sempre essa função de reprodução mecânica de um original editado é feita por oficinas gráficas em regime de prestação de serviço. Dessa forma, o trabalho industrial principal de uma editora é confeccionar o modelo de livro-objeto, trabalho que se dá através dos processos de edição e composição gráfica/digital.
Livros
A fase de produção do livro é composta pela impressão (posterior à imposição e montagem em caderno - hoje em dia digital), o alceamento e o encapamento. Podendo ainda existir várias outras funções adicionais de acréscimo de valor ao produto, nomeadamente à capa, com a plastificação, relevos, pigmentação, e outros acabamentos.
Terminada a edição do livro, ele é embalado e distribuído, sendo encaminhado para os diferentes canais de venda, como os livreiros, para daí chegar ao público final.
Pelo exposto acima, talvez devêssemos considerar que a categoria livro seja a concepção de uma coleção de registros em algum suporte capaz de transmitir e conservar noções abstratas ou valores concretos. No início de 2007, foi noticiada a invenção e fabricação, na Alemanha, de um papel eletrônico, no qual são escritos livros.


Livros publicados no mundo

Segunda a Google, em pesquisa do dia 9 de agosto de 2010, existem no mundo 129.864.880, quase 130 milhões de livros publicados diferentes.


FONTE:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Livro
Qual o maior livro do mundo?
467689774 0836f91ced O maior livro do mundo
O Codex Gigas, também conhecido como a “Bíblia do Diabo“, é o maior livro do mundo. Ele foi feito no início do século 13 em um monastério na Bohemia. A criação destes livros era um dos trabalhos mais especializados dos monges. Veja em (O nome da Rosa, do Humberto Eco) Naquele tempo, apenas os iniciados sabiam – e podiam – escrever, e a Biblia do Diabo com suas características únicas é considerada uma das mais preciosas obras deste tempo. Porque, como e por quem a Biblia do diabo foi feita, é um mistério até hoje.
Conta a lenda que o livro foi escrito por um monge que recebeu a ordem de fazer o livro em uma única noite como forma de escapar da punição por quebrar o código monástico.
O monge se matou de escrever, e sendo o gênio que era, conseguiu dar conta do recado. O problema é que seu superior, mesmo vendo que o desafio foi cumprido a contento, mandou puní-lo. O monge ficou irado e resolveu pedir ajuda a ninguém menos que Satã.

A prece ao tinhoso foi respondida e o demônio quis que o monge vendesse sua alma.
Este diabo é descrito em detalhes no capítulo penitencial, que faz do códice um manual para magos, listando vários sinais, bestas, seres mágicos e fórmulas mágicas.


dablova bible1 O maior livro do mundo
O livro contém também o Velho testamento, o Novo testamento, a necrologia do monastério de Podzalice, uma lista de membros da fraternidade de Pozalice, um tratado de História Natural e a mais antiga crônica latino-grega, computando 11 capítulos ao todo.
Estima-se que a pele de uns 160 asnos foi usada para a confecção das páginas do livro, que foi escrito em latim e inclui fórmulas médicas para tratamento de doenças como a epilepsia e a febre. Mas não só isso. O livro tem até fórmulas mágicas para encontrar ladrões, e um dos capítulos mais valiosos é o Chronica Bohemorum – uma cópia do Chronicle Bohemian, redigida entre 1045 a 1125, que é considerado uma das transcrições mais antigas e perfeitas da crônica.

Se eu fizesse isso tudo


FONTE: http://www.mundogump.com.br/o-maior-livro-do-mundo/#ixzz15GrcF3YZ 


Qual menor livro do mundo?

Menor livro do mundo
Menor livro do mundo em cima da moeda de 1 centavo (Foto: krone.at)
Se você está acostumado a pegar livros no tamanho padrão 15 x 21, sinta-se tocando um livro no tamanho de 2,4 x 2,9 mm. Algo que nos causa uma certa estranheza.
Você pode avaliar melhor a dimensão dele, observando-o na foto, em cima da moeda de 1 centavo. É tão pequenino que a maioria das pessoas não consegue acreditar que exista.
O livro foi apresentado antes da abertura da tradicional Feira do Livrode Leipzig, na Alemanha. Não é próprio para leitores ávidos. Suas 32 páginas contém impressões gráficas das 26 cartas de Joshua Reichert, segundo o site Krone.



Os 10 Livros Mais Vendidos do Mundo

É quase impossível apontar com exatidão quais são os livros mais vendidos do mundo. Não existe um consenso acerca das obras mais comercializadas de todos os tempos, já que não existe um órgão que faça um levantamento preciso e confiável. Apenas os dois primeiros livros que figuram neste post são um consenso nas milhares de listas que tratam do assunto. Decidimos, então, listar os 10 campeões de venda mais recorrentes.  

10 – A Verdade que Conduz à Vida Eterna

Exemplares vendidos: mais de 107 milhões


Os livros de caráter religioso são os que apresentam o maior número de tiragens. A Verdade que Conduz à Vida Eterna é um livro usado pelas Testemunhas de Jeová como instrumento de cursos bíblicos gratuitos ministrados em domicílio. Foi publicado em 1968, em inglês, e traduzido para mais de 120 línguas.



09 – O Livro de Mórmon

Exemplares vendidos: mais de 120 milhões


O Livro de Mórmon, tal qual a Bíblia Sagrada, é um conjunto de pequenos livros que compõe uma das quatro obras-padrão da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Publicado pela primeira vez em 1830, por Joseph Smith Jr., restaurador da doutrina Mórmon, o livro já vendeu mais de 120 milhões de cópias em todo o mundo, publicadas em mais de 70 línguas.


08 – Harry Potter e a Pedra Filosofal

Exemplares vendidos: mais de 120 milhões


O primeiro livro da série Harry Potter, escrito pela inglesa J.K. Rowling, foi lançado na Grã-Bretanha em 1997 e já vendeu mais de 120 milhões de cópias em todo o mundo. Na verdade, a série completa já vendeu quase 500 milhões de unidades, mas este livro em especial é o mais vendido de todos e, por isso, aparece na oitava posição deste post.

07 – O Senhor dos Anéis

Exemplares vendidos: mais de 150 milhões


Apesar de ter sido publicado em três volumes, configurando um total de 1200 páginas, O Senhor dos Anéis é considerado uma obra única, já que o autor britânico J.R.R. Tolkien o concebeu assim. O romance foi escrito entre 1937 e 1949, mas só foi publicado em 1954. É o livro de fantasia mais vendido deste top 10. Assim como Harry Potter, O Senhor dos Anéis ganhou ainda mais popularidade ao ser adaptado ao cinema, o que fez com que as vendas do livro aumentassem ainda mais.

06 – Escotismo para Rapazes

Exemplares vendidos: mais de 150 milhões


Outro livro com mais de 150 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, Escotismo para Rapazes, escrito por Robert Baden-Powell, é um best seller há décadas. Publicado pela primeira vez em 1908, o livro descreve a filosofia de vida e as técnicas escotistas desenvolvidas pelo autor. Desde a sua primeira edição, a obra rapidamente se espalhou pelos cinco continentes e foi publicada em diversas línguas. O movimento escoteiro internacional nasceu a partir de Escotismo para Rapazes.

05 – Um Conto de Duas Cidades

Exemplares vendidos: mais de 200 milhões


Lançado entre os anos de 1858 e 1859, Um Conto de Duas Cidades, A Tale of two Cities, no original, de autoria do escritor inglês Charles Dickens, trata-se de um romance histórico que se passa entre 1775 e 1793, período que compreende o início da Independência Norte-Americana e parte da Revolução Francesa. A obra narra a história de uma família inglesa abastada que se muda para a França pouco antes da Revolução. O romance aborda ainda temas como desigualdade social, mesmo sem mencionar diretamente a Revolução Francesa, nomes de líderes e política. É tido como um clássico da literatura de língua inglesa, vendendo, até hoje, mais de 200 milhões de cópias.


04 – Dicionário Xinhua Zidian

Exemplares vendidos: mais de 400 milhões


O “Novo Dicionário de Caracteres da China”, numa tradução livre, é o dicionário mais popular do mundo. O dicionário é escrito em pinyin, uma romanização do chinês (ou seja, é o idioma mandarim escrito em alfabeto latino). Foi publicado pela primeira vez em 1953 e já vendeu mais de 400 milhões de cópias. Geralmente, o dicionário é formatado na versão bolso.

03 – Alcorão

Exemplares vendidos: entre 600 e 800 milhões


O livro sagrado muçulmano não poderia estar de fora desta lista, mas com uma ressalva: o Alcorão, na comunidade islâmica, não é um livro vendido, mas sim, dado, presenteado. Os muçulmanos creem que o Alcorão foi ditado por Deus a Maomé durante 23 anos. Assim como a maioria dos livros sagrados, a obra descreve o surgimento do mundo, do homem e de suas relações com Deus. Foi compilado nos dois primeiros anos que procederam a morte de Maomé (632 D.C.).

02 – O Livro Vermelho

Exemplares Vendidos: entre 900 milhões de 2 bilhões


Também conhecido como Citações do Comandante Mao, Citações do presidente Mao Tsé-Tung ou ainda O Pequeno Livro Vermelho, o Livro Vermelho nada mais é do que uma coletânea de citações do mais famoso presidente da República Popular da China. Foi compilado pelo Ministro da Defesa de Mao Tsé-Tung, Lin Biao, apontado como sucessor do líder chinês. O Livro Vermelho era leitura exigida não só nas escolas, mas em toda a sociedade durante a Revolução Cultural, ocorrida na década de 60. Foi publicado em 1964 e estima-se que a sua tiragem mínima seja de 900 milhões de cópias, mas que pode chegar até 2 bilhões.

01 – Bíblia Sagrada

Exemplares Vendidos: entre 2,5 e 6 bilhões


O livro sagrado das religiões cristã, judaica e islâmica (os muçulmanos também consideram a Bíblia como um livro divinamente inspirado) é há muito tempo o livro mais vendido do mundo. Estima-se que a Biblia tenha sido escrita por no mínimo 40 pessoas de origens e classes sociais diversas, em hebraico, grego e aramaico.






Como Conservar seus Livros

Após ter lido o livro “Conservar para não Restaurar”, escrito por duas colegas de profissão, Lucy e Ione, pensei comigo: este não é um título qualquer, é um lema. Durante quinze anos estudando e trabalhando com restauração de livros e papéis, adotei este lema, não apenas nesse campo de atuação, mas também para muitos aspectos de minha vida, como: meus pertences, minha casa, minha rua, minha cidade, minhas amizades… Se me preocupo em cuidar bem e da maneira correta de tudo ao meu redor, os conservarei intactos por mais tempo – e provavelmente não terei que restaurá-los ou comprar outros. Nossos livros não fogem à regra. Seu tempo de vida útil dependerá dos cuidados e da forma com que os manuseamos. Mesmo sendo frágeis, podem manter-se úteis por séculos. Neste texto, explico como guardar, manusear e conservar esse bem que enriquece nosso saber e o das gerações seguintes, que aprenderão a buscar, com gosto e zelo, em nossa pequena biblioteca, o seu conhecimento. Desta maneira, se enriquecerão cada dia mais e se aventurarão em outros mundos imaginários, mágicos, lógicos e, muitas vezes, até aterrorizantes. Deixando como herança aos filhos e netos o único bem que ninguém poderá tirar de suas vidas – o conhecimento!

Posição correta dos livros na estante.

Primeiramente, observe como você guarda os seus livros na estante. Caso tenha-os guardado em uma caixa, tire-os imediatamente! Enquanto estiverem lá dentro, estragarão muito rápido. O livro deve ficar em pé, formando um ângulo reto com a prateleira, já encostado ao próximo livro, um ao lado do outro. Evite pressioná-los um contra o outro; o livro precisa deslizar suavemente ao ser retirado da estante. É fundamental que isso ocorra sem que haja qualquer atrito entre eles. Caso contrário, será necessário segurá-lo com força pela lombada, o que o danificaria. Enfileire-os de forma a conseguir manuseá-los segurando-os pela capa. . Quanto aos que ficarem na prateleira, ajeite-os para que um não tombe sobre o outro; isso poderá arrebentar sua costura. Tome muito cuidado com as unhas para não machucá-los e mantenha suas mãos sempre limpas. Portanto, não coma ou beba nada próximo aos livros; acidentes acontecem com todo mundo.
Deixe uma folga para deslizar o livro

Escolha bem o local da estante em que guardará os livros: a luminosidade excessiva desbota suas capas e a umidade deforma tanto a sua capa como o miolo. Portanto, mantenha-os longe dos raios solares e da umidade; isso os deixará muito felizes!
A poluição e a poeira são danosas para nós – e também para nossos livros. Para evitar que os danos que causam sejam maiores, devemos manter os livros livres do pó. Esqueça o pano úmido, ou qualquer tipo de material de limpeza. Eles diminuem o tempo útil de seus livros. Limpe sempre as estantes e as capas de seus livros com uma flanela seca.
Existem profissionais especializados em higienização de bibliotecas, que são capazes de identificar e limpar livros adequadamente. Nem sempre o que parece pó é realmente pó; pode ser algum tipo de fungo e estes são perigosos à nossa saúde; portanto, deixe esta parte para os profissionais. Lembre-se, a sua saúde está acima da saúde de seu livro.
Abra seu livro naturalmente.

Ao consultar ou ler um livro, esteja atento para a abertura natural deste. É comum pensar que, ao pegar um livro, podemos abri-lo totalmente em um ângulo de 180 graus – e assim forçamos a abertura. É certo que a lombada irá quebrar‑se, mais cedo ou mais tarde, de acordo com a qualidade e tipo do material com que o livro é feito e encadernado. Por isso, trate seus livros como um tesouro do saber que não deve servir somente a você.
Imagino que você tenha alguns livros conhecidos como “de cabeceira”. São muito manuseados e precisam de cuidados especiais. Ao transportá-los, temos de nos preocupar com o caminho a ser percorrido com eles.
O suor das mãos danifica qualquer tipo de encadernação. Para evitar esse dano, proteja-os dentro de uma pasta. Caso eles fiquem sempre em sua mesa, faça uma capinha de collor set, que deverá ser cortada da altura certa de seu livro, não havendo dobras na cabeça e pé do livro. A capa dobrará apenas no corte lateral do livro (lado oposto à lombada). Usando essa técnica elimina-se o péssimo hábito – que algumas pessoas adotam – de encapá-los com fita adesiva e papel de presente – dois grandes verdadeiros vilões dos livros! Alguns livros já são vendidos com capas de proteção, que normalmente tiramos e jogamos fora; o que é um grande erro, uma vez que essas proteções gratuitas ajudam muito em sua conservação. É comum encontrarmos livros com fitas adesivas nas lombadas, ou mesmo encapadas comcontact transparente; no primeiro caso, danifica-se a lombada e o fundo do corpo do livro (miolo do livro); já no segundo, perde-se toda a capa e a lombada. O uso do contact ou da fita provocam danos irreversíveis à capa do livro e muitas vezes se estende até o seu miolo.
Temos o costume de deixar papéis, marcadores, cartas, folhinhas e pétalas secas dentro dos livros. Às vezes encontramos clipes ou mesmo vestígios de alimentos dentro deles, coitados! Quaisquer objetos, sejam orgânicos ou não, deixam marca nas páginas com que tiver contato. Com o tempo, a marca passará para as páginas adjacentes. A ferrugem causada pelos clipes corrói o papel; já a gordura, a saliva e outros materiais, acidificam‑no, tornando-o quebradiço e com manchas amareladas. O importante é manter o livro sem qualquer objeto dentro.
Sem querer ser insistente, lembre-se: os adesivos, a cola branca e o durex causam o mesmo mal que os acidificantes, com um agravante: são irreversíveis. Para tirá-los, muitas vezes se perde uma camada do papel, pois temos de usar produtos agressivos para removê-los.
Este livro foi mordido por um cachorro! Veja o estrago.

Nunca vire a página de um livro ou revista molhando o dedo na língua. Podem-se atrair insetos e roedores ao se deixarem vestígios de alimentos dentro dos livros. Pode também ser prejudicial a você, por não saber quem foi o último a molhar o dedo para trocar de página. AH! Nossas crianças e animais domésticos, como são lindos! Contudo, deixe seus livros longe do alcance deles, pois são muito peraltas e gostam de roer, rasgar, jogar no chão etc.
Aos colecionadores de HQ´s e revistas, escrevi essa página especialmente para você.
Considero o livro uma fonte inesgotável do saber. Este registro tão frágil é capaz de nos contar a história de uma nação, como também de uma família, ou uma só pessoa! Pode nos ensinar a observar as estrelas ou a aprender as primeiras letrinhas. É gostoso imaginar uma nação, cujos filhos herdem essa fonte de sabedoria. Ela nos leva a encontrar uma vertente saborosa do saber, quer seja erudito ou não. Não importa o gosto individual de cada um; o importante é sabermos que nossa descendência terá a oportunidade de explorá-la, absorvendo o conhecimento. É deliciando-se entre letras, desenhos e ilusão, que muitos artistas nos levam a desfrutar – os sonhos! Quando penso nas crianças alienadas da leitura, perco de vista o sonho de um país promissor. Visualizo nelas apenas adultos vivendo uma vida sem saída, sem futuro, sem perspectiva e o pior, sem sonhos!
Elisa Mello kerr



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