O SACRAMENTO DO SILÊNCIO
O que eu possa dizer a Deus ou de Deus não
é importante- importantíssimo é aquilo que Deus pode dizer a mim. E Deus dirá
coisa importante a mim, se eu criar em mim ambiente propício para ouvi-lo.
Mas, para que Deus possa falar, eu devo
calar.
Deus não me fala se eu não me calar.
O silêncio do ego provoca o verbo de Deus.
A minha ruidosa ignorância afugenta a
silenciosa sapiência de Deus.
O meu ruído é estéril, o silêncio de Deus é
fecundo.
Quem fala esteriliza a mente.
Quem pensa esteriliza a alma.
Quem
não fala nem pensa fertiliza a alma.
Para além de palavras e pensamentos, começa
a consciência espiritual.
É necessário primeiro pensar mentalmente e
depois conscientizar-se espiritualmente – e jorra para dentro de mim a plenitude
da Realidade Divina.
O sacramento do silêncio e da solitude
produz a consciência espiritual.
Muitos sabem falar eloqüentemente.
Alguns sabem pensar corretamente.
Poucos sabem silenciar dinamicamente.
Mas... o silêncio é a agonia do ego. E por
isso os ególatras têm horror ao silêncio.porque têm horror ao egocídio –
prelúdio para a ressurreição do Eu crístico no homem.
Para quem viveu do barulho
trinta,cinquenta, oitenta anos, afoga-se no mar do silêncio. E por isso tenta
se agarrar a qualquer tábua de salvação.
O ambiente vital do ego é ruído, seja
material, seja mental, seja emocional – ego não vive sem ruídos e barulhos de
toda a espécie. Quando então lhe falta esse indispensável elemento vital,
sente-se o ego como que sem ar, sem alimento e, se não consegue adaptar-se ao
ambiente do silêncio, acaba morrendo de asfixia ou inanição.
FONTE: LIVRO O CAMINHO DA
FELICIDADE
CURSO DE FILOSOFIA DA VIDA
HUBERTO ROHDEN
EDITORA: MARTIN CLARET
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