Fiquei emocionado e
chorei, sou fraco para elogios
Durante toda nossa vida somos obrigados a
“engolir sapos”, entre elas palavras ofensivas que vai desde o clássico do
trânsito ou o mais óbvio quando você não é compreendido. Então como é mais
fácil atacar o argumentador do que o argumento, logo muitos disparam como
ofensas e uma verdade extinção de racionalidade e educação.
Eu tenho a sensação que a cada dia que passa
nos tornamos mais irracionais, sinto um verdadeiro retrocesso no comportamento
humano, sinceramente, espero que não voltemos para a Idade da Pedra, pois ainda
não sei ficar um diazinho se quer longe da grande velocidade da indústria de
informações.
A cada dia que passa as pessoas ‘valorizam menos’ a boa educação, o respeito e
o melhor - os valores.
Um dos grandes efeitos desse retrocesso é que
tem muitas pessoas que desconhecem palavras tão óbvias, mas tem em si um
verdadeiro Aurélio da má educação e logicamente das ofensas. Todo mundo nessa
vida já teve que ouvir certas palavras, digamos, um tanto quanto grotescas.
Então eu penso certos xingamentos no mínimo
deveria ser um elogio, e assim diz Manoel de Barros “Por essa pequena sentença,
me elogiaram de... Fiquei emocionado e chorei, sou fraco para elogios”.
Desde o dia que li esse pensamento, ou
melhor, poesia de Manoel de Barros comecei a olhar para certos xingamentos como
um elogio, afinal palavras ainda são expressões. Então é melhor ouvir certos
xingamentos do que o desprezo do silêncio.
Algumas pessoas tratam certas palavras
ofensivas como se estivessem diante de um atentado terrorista, só resta
respirar e prosseguir afinal... Tudo isso não passa de um elogio.
Palavras sejam elas bonitas ou não, para mim
são mágicas, podem ser poéticas ou simplesmente tão hipotéticas quanto uma
teoria, mas no final de tudo elas ainda são palavras, diante disso ainda
interpreto como um elogio que pode dar passividade para emoção: “Fiquei
emocionado e chorei, sou fraco para elogios”.
Se interpretássemos ofensas como elogios
tenho certeza que o nosso psicológico não seria tão instável, nossa vida seria
melhor e ate mais poética. Muitas vezes é melhor quebrar certas conexões com a
realidade, pois nem sempre a realidade trás felicidade, as vezes é preciso usar
a fantasia como um atalho para se ter uma vida mais sábia, afinal nem toda
sabedoria vem do real – do concreto, ainda não temos explicações para tudo, é
necessário ter certos mistérios pois dessa forma se contempla o viver.
Jéssica Cavalcante
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