DEIXE A GLÓRIA PARA OS
OUTROS
Algo mágico acontece ao
espírito humano, uma sensação de calma nos invade, quando não mais precisamos
de toda a atenção voltada para nós e conseguimos deixar a glória para os outros.
Nossa necessidade de
excessiva atenção provém do nosso egocentrismo que nos diz: “
Olhe para mim. Sou especial. Minha história é mais interessante que a sua”. É
essa voz interior que talvez não saia e diga isso, às claras, mas quer que
acreditemos que “ minhas realizações são ligeiramente
mais importante que as suas”. O ego é aquela parte de nós que quer ser
vista, ouvida, respeitada, considerada especial, freqüentemente à custa de
alguém. É aquela parte de nós que interrompe a história que alguém está contando,
ou impacientemente espera sua vez de falar para que a conversa e a atenção
voltem a girar em torno de nós. Em graus diferentes, quase todos temos este
hábito, o que não nos engrandece em nada. Quando você mergulha e recupera a
conversa para os seus domínios, diminui sutilmente a alegria que se tem ao
partilhar, e ao fazê-lo, aumenta a distância entre você e os outros. Todo mundo
perde.
Da próxima vez que alguém
lhe contar uma história ou dividir uma realização com você, perceba sua
tendência de contar algo a seu próprio respeito, como resposta.
Embora seja um hábito
difícil de romper, não só é altamente satisfatório, mas apaziguador, quando nos
sentimos capazes de ter a calma confiança de abdicar da necessidade de atenção
e, para variar, aproveitar a alegria que existe na glória do outro. Em vez de correr para dizer
“ Eu também fiz isso” ou “ adivinhe o que fiz hoje”,
morda sua língua e observe o que acontece. Diga apenas “
Que maravilha” ou “ conte mais”, e nada além. A pessoa com
quem você está falando terá muito mais prazer e, porque você está mais “
presente”, porque está ouvindo com tanta atenção,
ele ou ela não se sentirá competindo com você. O resultado será que esta pessoa
se sentirá mais relaxada quando você estiver por perto, fazendo com que ele ou
ela se torne mais confiante e mais interessante. Você, também, por sua vez, se
sentirá mais relaxado porque não estará permanentemente na ponta da cadeira,
aguardando sua vez.
É claro que existem
ocasiões em que é absolutamente apropriado trocar experiências, e dividir a
glória e a atenção, ao invés de doá-la ao outro. O que estou tratando aqui, é
da necessidade compulsiva de arrancá-la dos outros. Ironicamente, quando você
abre mão da compulsão de glória, a atenção que costumava extrair as pessoas é
substituída por uma confiança interior
que deriva da permissão dada aos outros para aproveitá-la plenamente.
FONTE: LIVRO NÃO FAÇA
TEMPESTADE EM COPO D’ÁGUA...
RICHARD CARLSON,Ph.D
EDITORA: ROCCO
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