
Aceite suas imperfeições
Tem um filme que eu amo, um filme nacional e
que eu aprendi muitas coisas. Esse filme se chama Nome Próprio, é a história de
uma jovem que se chama Camila e ela era muito na vida, faz escolhas erradas,
mas ela escreve bem. Talvez, ela escreva verdadeiramente bem porque ela
aprendeu de verdade, aprendeu vivendo.
E um dia eu estava no Facebook, um amigo e
professor da universidade qual estudo fez uma postagem sobre esse filme e sobre
as delícias de se errar e aprender com a vida. Fiquei bem feliz pois não
conhecia ninguém que tinha gostado desse filme. Esse filme foi um desastre de
bilheteria, não tem lá um grande enredo, quem interpreta Camila é a atriz
Leandra Leal, ela não está linda, nem exuberante, nem na moda e nem nada do
tipo, mas ela está normal. Sim, simples, bem normal, tipo pessoas que a gente
se esbarra quando está no supermercado, ou no ônibus, ou na fila do cinema
enfim, bem do nosso dia-a-dia. Eu amo quando os filmes se aproximam de nosso
dia-a-dia, com cenas que a gente vivencia rotineiramente. Quem nunca pensou na
vida enquanto sai do trajeto casa – trabalho? Ou quem nunca ficou na praia
pensando e se perguntando “o que eu tenho feito de minha vida”? No filme, a
personagem Camila é bem simples, ela erra e erra feio, mas ele vive, ela sente
e só o fato de viver é um dos melhores acertos.
Em 2014 eu errei muito, confiei em gente que eu
não deveria confiar, cometi excessos, também acertei bastante, tive boas
conquistas mas eu me permiti ser apenas humana. Curtir esses momentos de
reflexão que a vida nos possibilita, os encontros ao acaso, as coincidências e
aprendi que o Universo super ajuda na nossa felicidade pessoal. O universo dá
um jeito de trazer as pessoas queridas para as nossas vidas e depois de afastar
algumas também, porque tudo tem um fim. E quando alguém vai embora, é porque um
novo ciclo se inicia em nossas vidas. As vezes é preciso errar, se aceitar como
frágil para deixar que o Universo comande de verdade, para que assim a gente
possa renascer sempre.
Eu te desejo em 2015 muitos ciclos novos,
muitas coincidências, encontros ao acaso, muitas risadas, lágrimas de
despedidas e principalmente aquela sensação de um novo começo a cada etapa de
transformação de nossas vidas.
Jéssica Cavalcante