VENÇA A SOLIDÃO
Qual a cura para a
solidão? Companhia? Nem sempre. Não é toda solidão que resulta de falta de
companhia. Mas a solidão é um grande problema, que vem atrapalhando a vida de
muita gente. Mais importante do que procurar a cura para o isolamento, é
aprender a viver com ele, e tirar partido das vantagens que nos oferece.
Da próxima vez que você se
sentir sozinho, lembre-se de três coisas: primeiro, imagine o grande número de
pessoas que vive constantemente na companhia alheia, por exigências de
profissão, encargos ou outras funções, que trocaria alegremente essa contínua
sociabilidade por algumas horas da sua solidão. Pense, portanto, no privilégio
que você tem, e que é negado a muitos, de poder ficar sozinho. Segundo,
lembre-se de que todas as grandes realizações humanas nascem na solidão. Os
melhores livros, as mais belas composições musicais, os mais ricos poemas,
tivera, origem na mente de um homem sozinho, e foram executados na solidão.
Mesmo o que parece, deliberadamente, um produto de conjunto, teve início na
mente de um ou de alguns indivíduos, que pensaram sozinhos. Portanto, não
despreze a sua solidão. Ela pode ser a sua maior oportunidade. Aproveite os
seus momentos a sós para cultivar o que existe de melhor em você. Faça um plano
inteligente para as suas horas, procurando desenvolver as suas habilidades.
Leia, escreva, estude,
toque, cante,desenhe. Enfim, use o tempo para se beneficiar a si próprio.
É na solidão que você tem
oportunidade de conhecer melhor o seu Deus – de ler a Bíblia, de orar e de
compreender que existe, de fato, uma companhia que não vai nos deixar nunca.
Você verá que a solidão pode ser um privilégio em vez de uma carga. Terceiro,
tire da cabeça a ideia de que companhia é sempre alegria. Você já deve ter
experimentado muitas vezes o fardo de certas associações. Lembre-se por alguns
instantes das conversas intermináveis, das lamúrias, das descargas de
pessimismo e da futilidade cansativa, que você tantas vezes suportou da gente
que mal conhecia. Lembre-se das famílias que você conhece, onde a discórdia e o
desentendimento não podem ser disfarçados nem mesmo na presença de estranhos, e
agradeça a Deus pela sua solidão.
Com esses Três pontos em
mente, enxergue as coisas com realismo. Passe a respeitar a sua solidão pelo
que ela realmente vale.
Nesta altura, você já pode
estar convencido das vantagens da solidão, mas continua desconsolado, dizendo a
si mesmo que tudo isso deve estar certo, mas na realidade uma companhia sempre
é melhor do que o isolamento.
Então, encaremos a questão
da companhia. Na hora da solidão, e em especial da solidão frequente, a
tendência é mesmo procurar associações. Qualquer companhia serve, ainda que não
seja a que se espera.
O resultado é sempre o
mesmo. As más amizades não compensam. Em primeiro lugar, não servem de
companhia quando se espera contar com elas. Depois, nunca fogem à regra de que “
as más companhias pervertem os bons costumes.” Você só tem a perder,
associando-se com tais pessoas. Não se deixe vencer pela solidão. Escolha as suas
relações.
Essa sugestão parece um
tanto descabida, pois se a criatura está isolada é porque não tem companhia, e
se não tem companhia, vai escolher o quê?
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Aqui, você pode estar
enganado. Você tem muito o que escolher. Se acha que não, sente-se, tome uma
folha de papel, um lápis, e faça uma lista: primeiro os parentes, depois os
vizinhos, depois os companheiros de trabalho. A seguir, lembre-se dos colegas,
que já ficaram para trás, dos amigos de infância e de todos os esquecidos de se
puder lembrar. Se você está numa cidade estranha, onde conhece muito pouca
gente, faça uma lista não só dos que conheceu, como dos que desejava conhecer.
Numere os nomes por ordem de sua preferência, escolhendo somente boas
companhias, e tome a deliberação de fazer alguma coisa para reatar ou estimular
sua amizade pelo primeiro da lista.
Não exagere, mas se lhe
der vontade, lembre-se de alguma coisa que você possui, que poderá agradar ao
seu amigo ou amiga: um livro de assunto de interesse, um artigo, um objeto, um
doce, uma peça de louça, enfim, qualquer coisa. Procure a pessoa, levando
consigo aquilo que você acha que poderá agradá-la. Não é preciso fazer presente
do objeto. Basta usá-lo para estabelecer um ponto de contacto. Se você o
encontrar ocupado, seja breve, deixe a conversa para outro dia, e se possível, marque desde já uma hora
conveniente para a sua visita, que não precisa ser só para conversar. Talvez
você possa voltar para prestar algum serviço, ou ajudar a outra pessoa em
alguma coisa.
Você pode correr toda a sua
lista dessa maneira e em breve você começará a ter saudades de suas horas a
sós.
Aprenda a apreciar a
solidão. Escolha suas companhias.
Sozinho ou acompanhado,
viva vencendo.
FONTE: LIVRO VIVA
VENCENDO
MARIA AMÉLIA RIZZO
CRUZADA MUNDIAL DE
LITERATURA
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