As pessoas estão desaprendendo a viver

As pessoas estão desaprendendo a viver

  Cada dia que passa, tenho certeza que muitos não sabem viver penso que estão desaprendendo com o tempo. A vida é algo que me leva a duvidar, não tem como uma pessoa em sã consciência não duvidar da vida, pois a vida é uma grandiosa bola de tédio ao menos foi o que se tornou... Passamos a vida toda ou estudando ou trabalhando para depois morrermos? Isso é tão frustrante, quer dizer que eu sou obrigada a estudar por nosso sistema malvado e cruel para depois eu morrer? E como diz a frase da revolução Francesa de 1968 “Pare o mundo, eu quero descer”.

 Como isso é frustrante e o pior como estamos conformados a terminar cansados e mortos...

 Se a gente for pensar bem, não temos mais pessoas nas ruas e sim verdadeiros Zumbis, um dia desses eu conversava com um de meus amigos e ele dizia, na semana trabalho e final de semana saio com os amigos ate que eu perguntei, afinal não me contive, “você acha que isso é viver?” ele respondeu que sim pois se diverte. Não adianta a gente se divertir se não estamos guardando lembranças, é só pensar “O que eu irei contar aos meus netos?” depois analise a sua resposta e se ponha no lugar de quem sabe seu futuro neto, será que sua experiência de vida irá “cativar” e ensinar ao seu neto?

 O que eu mais vejo, nas palestras de auto ajuda é a frase “precisamos viver” mas ninguém explica como precisamos viver? Afinal eu quero saber como se vive? Tenho uma vida pela frente e não quero estragar essa única oportunidade, mesmo acreditando em reencarnação não podemos deixar para viver na outra vida o que podemos viver agora.

 Uma coisa eu aprendi coma Warner Bros Productions, em muito de seus filmes de drama, porque no filme os personagens com câncer sempre tem ou é 3 meses de vida ou 6 meses, nunca é 4, 8, 10, 12 pode perceber é sempre 3 ou 6 meses e a historia é sempre sofrida, chorosa e a família sofrendo junto. Tudo bem que o câncer realmente a família sofre unida mas convenhamos quem foi desenganado tem 3, 4, 5,6, 7 ou 8 meses de vida e não só 3 ou 6 meses e outra na vida comum quem já foi desenganado com toda certeza não fica no hospital esperando a morte, só em casos que a pessoa está respirando com aparelhos que realmente nesses casos não pode sair se não a pessoa morre, mas nos outros casos que a pessoa não está em aparelhos, a pessoa  é obvio que não fica no hospital, porque primeiramente hospital não é hotel que as pessoas se hospedam... As pessoa vão para suas casas viverem seus últimos dias com quem elas amam e garanto elas aproveitam muito a vida afinal elas tem pouco tempo de vida, so quando elas pioram é que retornam aos hospitais... Sinceramente tem filme que me deixa frustrada porque é muita fantasia, muita mentirinha junta que não condiz com a realidade mas mesmo essas mentirinhas elas nos inspiram, e nos ensinam afinal ate de um carnaval a gente transforma num livro. O que eu aprendi coma Warner Bros Productions é que a vida não é um filme, que a vida o protagonista, o diretor, quem escreve o enredo somos nós e que para um filme fazer sucesso só dependi da gente.

  Não estamos em um filme, onde temos que apenas “sobreviver” estamos no mundo real, onde temos mais é que viver nem que seja no mundo de nossa imaginação... Um dia iremos olhar para trás e apenas ensinamentos e lembranças ficam, porque tudo já foi, tudo passa, ate as pessoas saem de nossas vidas seja por nossas escolhas ou por escolha divina mas enquanto continuamos aqui nesse “mundão de Deus”, não podemos viver como fantoches que se matam de trabalhar ou estudar para no final de semana, ter apenas 2 dias de sorrisos e diversão e que diversão é bem relativa, as vezes o momento que mais nos divertimos é quando estamos em lugares simples, com quem gostamos do nosso lado e fazendo o que gostamos.

  Talvez no futuro, quando seu netinho lhe perguntar o que você fez de sua vida? Talvez você não tenha ido a Paris, nem tenha ido a algum Show do Rock In Rio, não tenha ido a raves na Alemanha, talvez você não tenha feito loucuras, talvez você não tenha escalado nas montanhas e nem sobrevivido a um naufrágio mas você com toda certeza  terá vivido, nem que sua vida seja meramente calma, sem tantas emoções mas com uma boa estabilidade e segurança ... O importante é que, quando olharmos para o nosso netinho possamos dizer “sim eu vivi, e fui muito feliz” as pessoas não querem avôs que tenham se drogado com o Rolling Stones, não querem avôs que tenham acampado em uma montanha em pleno inverno nebuloso, não querem avôs que tenha lutado em revoluções... Ora elas so querem avôs que ao menos possam abraçar elas e digam que a vida vale a pena ser vivida, crianças não se preocupam se a vida foi medíocre ou não, elas so querem aprender e o que a gente aprende na infância guardamos em nossa fase adulta, talvez quando ficamos adultos tenhamos esquecido da coragem de nossos vovôs mas lembramos de como eles foram felizes.

Jéssica Cavalcante