O poder
da humildade
Eu tenho
medo do tempo, principalmente de como as pessoas podem mudar com o tempo. Tenho
medo que ideais morram por causa de ambição desenfreada, que o humanismos seja
esquecido e que a poesia seja apagada. Eu fico pensando como algumas pessoas
eram quando jovens, se elas eram idealistas ou se já eram tão corruptas e
vendidas.
O maior
poder que uma pessoa pode ter é quando ela sabe o valor da humildade e que ela
pode ajudar pessoas. Ao conversar com alguns amigos eles relatam que querem
atender um dia na semana em um consultório comunitário, que querem ajudar a
população e sentir também na pele o que toda a sociedade vivencia, pois fazer o
bem a população também é uma forma de ativismos / militância. Compactuo da
ideia, quero também pode auxiliar a população e levar o ativismo que hoje é
estudantil para minha vida profissional, seja na clínica, na escola, no
hospital ou na universidade mas não quero nunca perder a paixão pelo povo
humilde, pessoas que tem por maior riqueza o amor as suas crendices, sua
família e a sabedoria popular.
Muitas
vezes eu me nego a assistir novelas, me nego ao embraquecimento impostos pela
mídia, ao modismo elitista pois eu quero que o Brasil seja povo, que se pinte
de povo e que a gente tenha amor e valorização pela simplicidade das pessoas e
da vida. Do mesmo modo que nossos olhos se brilham nas vitrines de um shopping
que nossos olhos brilhem ao ver as pessoas, essas pessoas comum do dia-a-dia,
da fila do SUS, dessas pessoas que a gente ignora no elevador, no corredor, mas
a elas pedimos socorro nas horas de dor.
O poder
da humildade é reconhecermos a beleza no meio da seca, do meio da pobreza –
sim, isso é idealismo mas deveria ser um habito nosso. A gente fecha os olhos para a pobreza, mas a
pior pobreza é que está em nós, somos pobres ao ignorarmos a nossa real
sociedade.
Vejo as
pessoas falando em Deus, pregando lindamente o Evangelho mas eu quero ver todos
sem exceção pregando as palavras de Deus para as pessoas que sofrem, as pessoas
que estão esquecidas nos hospitais, as pessoas invisíveis jogados a margem de
uma sociedade, pessoas que passam frio e fome nas ruas de uma cidade que todos
dizem estar em pleno desenvolvimento. Que a gente possa crescer, sermos sábios,
mas sem perder a beleza e humildade de ser povo.
Jéssica
Cavalcante
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