A SAGRADA COMUNHÃO
Cristãos- dizia Lacordaire
–Deus esperava-vos silencioso e pensativo, oculto, esquecido, desconhecido,
Espera-vos! E quando vierdes, não fará nada?
Sim, fará alguma coisa. Já
não falará a toda a gente, nas ruas, nas aldeias da Judéia, mas falará em voz
baixa ao homem que O vem procurar para um colóquio. Para cada um de nós há um
ponto especial a ser tratado, um pedido ou um aspecto da vida particular a ser
evocado. Não há ninguém que não precise de uma orientação. Há qualquer coisa
que nos faz precisar de tal palavra... é o que se vai procurar nas confidências
de uma amizade. É essa palavra que Jesus Cristo nos dirá na Eucaristia. É essa
palavra que faz os Santos.
Aquele que é a Santidade
condescende em vir até mim...
Que dom formidável! Numa
Missa, cuja hora escolho, Ele vem e visita-me. E mais intimamente do que
visitava Lázaro e Maria, enquanto estava vivo na Terra, porque naquela ocasião
Nosso Senhor não entrava em Lázaro, nem em Maria.
Com que grau de amor
iremos até Ele? Com que grau de atenção, com que grau de humildade?
Devemos considerar Nosso
Senhor Jesus Cristo vindo até nós, na comunhão, da mesma forma que entrava na
casa dos doentes para os curar. Ele ingressava com afeto, semblante sereno, ar
bondoso, disposto a ouvir e com vontade de curar. Nós devemos imaginar Nosso
Senhor, transbordante de bondade, desejando ardentemente ser recebido por minha
alma, apesar de suas imperfeições.
Cada vez que nos
aproximarmos da Sagrada Eucaristia, digamos a Nossa Senhora:
“ Minha Mãe, vos peço que adoreis a Deus em meu lugar.
Vinde espiritualmente à minha alma e tratai Nosso Senhor
como O tratáveis na
Terra, porque não sou capaz de o fazer
devidamente. Vinde, Ó minha Mãe, adorá-Lo por mim e comigo!”
A gratidão é mais frágil
das virtudes humanas, mas, de todas, a mais bela. Depois de ter comungado, não
fazer ação de graças seria uma falta de gratidão. Na ação de graças se deve
escutar a Deus, falar com Ele e dar-Lhe o que nos pede.
Feche os olhos, não preste
atenção em nada. Pense, apenas, no mistério da sua união com Jesus Cristo, goze
o mais solenemente possível da Sua presença íntima, durante alguns instantes de
recolhimento, imobilidade e silêncio.
Deixe-se prender pelo
sentimento de amor que deve à sua bondade. Escute-O, Ele lhe dirá aquilo que
melhor lhe convém.
Depois destes minutos de
adoração, chega a hora dos pedidos, Na ação de graças., quando Nosso Senhor faz
a sua morada, em nosso coração, nos diz: “ O que você deseja? Que posso fazer por você? Peça e
receberá!”
Finalmente, Deus nos pede
alguma coisa. É uma resolução que vínhamos adiando, é uma renúncia, uma
separação que vínhamos recusando, é a desistência de um mau hábito, que
vínhamos acariciando há bastante tempo. Mas, nenhuma oferta será mais agradável
do que a de nos aplicarmos, daquele momento em diante, em conhecê-Lo, amá-Lo e
servi-Lo, caminhando sempre na Sua presença.
Terminemos nossas ações de
graças recomendando-nos à Mãe de Jesus.
FONTE: LIVRO JESUS
CRISTO CONOSCO NA EUCARISTIA
ASSOCIAÇÃO CULTURAL
NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
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